quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Por ter multa ou por pagar multa: Chiarelli sempre é culpado

Mais um capítulo esdrúxulo da perseguição de Chiarelli está se desenhando em Ribeirão Preto, deixando claro ao povo que não basta ser querido para ser eleito. Chiarelli é um político de direita, perseguido pela Justiça já foi condenado e preso na eleição anterior em que havia fortíssima chance de ser eleito. A bizarra condenação se deu pelo fato de ter ofendido Darcy Vera, acusando-a de corrupta e desonesta, o que hoje a imprensa burguesa apresenta como verdade em seus noticiários mesmo que ela ainda não tenha sido julgada, portanto sendo inocente. O “crime” de Chiarelli é propaganda dos jornalões burgueses, mas apenas Chiarelli é culpado. 

Em 2020, Chiarelli conseguiu lançar sua candidatura e sofreu vários ataques judiciais, sendo o primeiro deles feito em meados do mês de outubro para caçar seus direitos políticos. Buscou-se utilizar o fato de ter sido condenado por ofender Darcy Vera, mas agora que toda a imprensa burguesa encampa esta campanha persecutória contra a ex-prefeita, fica muito explícito o caráter persecutório e poderia dar mais destaque para Fernando Chiarelli. O primeiro pedido de impugnação foi negado, mas em seguida foi apresentado outro pedido relativo a uma multa que estava sendo parcelada por Chiarelli. Sem sair as ruas para denunciar o ocorrido, Chiarelli pagou a multa, o que lhe rendeu uma matéria tendenciosa da Globo com enfoque na procedência do dinheiro. 

Não somos uma república censitária, não se pode caçar o direito de participação de um cidadão por uma dívida ativa, por isso que se deve lutar para que não haja ingerência judicial nos processos eleitorais. Sábias são as palavras da Internacional Comunista: “O crime do rico a lei o cobre, o Estado esmaga o oprimido. Não há direito para o pobre, ao rico tudo é permitido”. 

Chiarelli estava indo bem nas pesquisas, mesmo com a manipulação realizada por uma pesquisa feita após ter sido colocada a impugnação de sua candidatura, pontuava ainda como segundo colocado consolidado. Note-se que a pesquisa foi realizada pela Rede Globo, maior máquina de manipulação e inimiga declarada de Chiarelli. A pesquisa ainda apresentava um salto da terceira colocada Suely Vilela para 14%, mesmo índice de Chiarelli, fazendo com que ela fosse aventada por alguns como possível candidata que iria ao segundo turno, o que causou todo um furor ainda mais persecutório contra Chiarelli. As eleições mostram o nível de oportunismo rasteiro de gente que ao invés de apontar o absurdo que ocorre contra Chiarelli, pedem votos às viúvas de Chiarelli. Quem acreditou na luta contra a corrupção que Chiarelli falava toma uma lição: a corrupção é uma forma de perseguir inimigos políticos, como podemos ver com Chiarelli que foi condenado por ter multa e pode ser condenado por ter pagado uma multa. 

A esquerda operário luta contra a opressão do Estado e toda sua maquinaria, somos contra o judiciário e expomos claramente todo tipo de perseguição que ocorre. Apenas uma luta política popular, guiada não por ilusões na pureza e honestidade, mas nos interesses de classe é que vão levar a mobilização para um caminho revolucionário.... E de onde vem o dinheiro da multa? Não sabemos, não fazemos ilações levianas para proveito próprio enquanto o voto popular é confiscado.  


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domingo, 1 de novembro de 2020

A Desigualdade Social na Pandemia



Constatou-se que a pandemia serviu como um grande catalisador para a desigualdade social no mundo todo, beneficiando principalmente empresários e acionistas ligados ao setor digital e de novas tecnologias. O estudo do Institute For Policy Studies e a Americans for Tax Fairness demonstra que a fortuna dos 643 estadunidenses mais ricos cresceu 29% desde o início da pandemia, em março. Ainda mostra que as fortunas analisadas passaram de US$ 2,95 trilhões, em março, para US$ 3,8 trilhões, em setembro.

O que explica isso é o próprio capital especulativo não parar e, em contra partida, se valorizar, em detrimento do baque financeiro que o trabalhador médio sofreu com a falta de serviços na pandemia. Esse grande excedente gerado obviamente não sai da bolha dos milionários e é dividido entre os próprios acionistas, evidenciando ainda mais a desigualdade em um momento extremamente crítico, que não pode ser amenizado por doações. A tributação de dividendos (diretamente às pessoas físicas, ao invés das pessoas jurídicas), com uma maior progressão na taxa de impostos de acordo com a renda, poderia ser uma mudança significativa no que tange a redistribuição financeira. No entanto, sabemos que esse tipo de iniciativa, no âmbito brasileiro, não se insere na prática Bolsonarista de governar.

Do outro lado da pirâmide, 176 milhões novos pobres podem surgir da crise sanitária, de acordo com a ONU, sendo, principalmente, aqueles que vivem na pobreza extrema as maiores vítimas, com muitos nem conseguindo o acesso ao auxílio emergencial, sem contar os trabalhadores que perderam seus empregos e direitos sociais frente à pandemia.

Dados do IBGE e da PNAD de 2018 nos mostram que 13% dos brasileiros (cerca de 27 milhões de pessoas), vivem em domicílios com pelo menos alguma inadequação, como ausência de banheiro de uso exclusivo, paredes construídas com material não durável, adensamento excessivo ou ônus excessivo com aluguel. Mostram-nos também que 35,7% da população brasileira (mais de 74 milhões de pessoas), vive em domicílios sem coleta de esgoto sanitário. Os dados também apontam o Norte e o Nordeste com os piores índices habitacionais e de saneamento, sendo a maior proporção de incidência entre pessoas negras e de baixa escolaridade. 

Não coincidentemente, na periferia brasileira, a região Norte é a que tem apresentado as maiores taxas de letalidade do coronavírus: cerca de 10 vezes mais do que a região Sul, segundo o Ministério da Saúde. Os estados do Amazonas e do Pará são duas das três unidades da federação em que mais de 20% da população necessita de até quatro horas de deslocamento para chegar ao município mais próximo que ofereça condições de atendimento para casos graves de Covid-19. Além de que o estudo do Núcleo de Operações e Inteligência em Saúde da PUC-Rio concluiu que pessoas negras sem escolaridade têm quase 4 vezes mais chances de morrer de Covid-19 do que pessoas brancas com ensino superior. De acordo com a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, 67% dos brasileiros que dependem exclusivamente do SUS são negros. Em São Paulo, bairros periféricos e de população majoritariamente negra, como Capão Redondo, Jardim Ângela, Grajaú, Sapopemba e Brasilândia apresentam uma letalidade maior que a média do município, mesmo não tendo necessariamente os maiores índices de contaminação.

Para piorar as expectativas, dados divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional revelam que o governo gastou pouco mais de 23% dos R$ 253 bilhões liberados para o combate ao novo coronavírus, o que mostra que não há nenhuma preocupação em amenizar o sofrimento daqueles que mais são atingidos pela pandemia. Provando, portanto, que não há outra saída que não seja a organização e a luta popular!

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Imprensa burguesa transforma senhores da guerra em bons-moços


Joe Biden e Kamala Harris: Imperialistas Humanitários.


A eleição nos EUA está sendo guiada por um movimento real de luta dentro da sociedade, os explorados estão se levantando depois de mais de 10 anos de crise aguda do sistema capitalista, o que coloca uma forte pressão de esquerda na disputa eleitoral. Assim, o movimento operário dos EUA parece estar colocando suas questões, mas ao fazer isso sem uma centralidade, deixa toda a raiva e descontentamento ser guiado pela burguesia. 

A classe operária dos EUA não está organizada em partidos, tampouco em um movimento sindical unificado, o que a torna alvo de manipulações com muita facilidade. Infelizmente, ao que tudo indica, após a destruição e perseguição ao Partido dos Panteras Negras, não houve nenhum movimento de centralização política. Sem essa luta pela consolidação de uma vanguarda operária, o campo político se infesta de identitários por meio de uma infiltração burguesa. 

O resultado prático para a classe operária é que a principal luta política é conduzida pela burguesia como uma cruzada de progressistas contra racistas, uma versão infantil e descaracterizada da luta de classes no país mais importante do mundo. Trump é um direitista, membro da burguesia industrial e inimigo da ala globalista do sistema, por isso sua política é muito menos conflituosa do que a dos Democratas. Estes, representados na disputa por Biden, são os verdadeiros senhores da guerra, inimigos declarados da Rússia, Venezuela, Irã e Coreia do Norte como pudemos notar nas falas intimidativas em que Biden ameaça estes países no último debate. Biden, pintado como o bom-velhinho amigo de negros e mulheres, já foi claro em seus planos de invasão e destruição destes países, mas como a imprensa burguesa demonizou Trump, agora ele possa de bom-moço.  

Dentro de todo o seu ataque a soberania dos países, Biden também ameaçou o Brasil. Ao fazer isso, se colocou a serviço do meio-ambiente e contra Bolsonaro, o que despertou simpatia de muita gente despolitizada. Alguns, inclusive, consideraram que Biden seria um inimigo de Bolsonaro e que sua vitória trará uma mudança para o cenário político local. Aqui é necessário explicar que Bolsonaro não é senhor de suas próprias ações, é apenas um serviçal das elites, fará o que lhe for mandado com a maior presteza possível, seja um democrata presidente, seja uma lésbica, um travesti ou qualquer que tenha o poder. A extrema-direita e o bolsonarismo só podem ser barrados pela movimentação real das massas operárias brasileiras. 


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Pesquisa da Globo serve para minimizar perseguição a Chiarelli



Chiarelli está fora da eleição municipal, mais uma vez atacam seus direitos políticos em uma disputa que havia grandes possibilidades de ser prefeito, não fosse a ingerência da Justiça. 

Nas democracias, o voto é soberano e os políticos são protegidos das perseguições judiciais por meio da imunidade parlamentar. Assim foi feito para que o voto fosse o único critério válido, pois percebeu-se ao longo da história que os poderosos sempre utilizavam seu poder para tirar do jogo político os seus adversários. Que fique claro, não foi um ataque ao Chiarelli exclusivamente, foi um ataque a soberania popular de Ribeirão Preto. Tal manobra sórdida é um ataque ao direito político de todo o povo, um cerceamento a liberdade que só não parece mais revoltante por causa do efeito político estimulado pela pesquisa em que colocava Suely ao seu lado, pesquisa feita pela maior inimiga de Chiarelli - A Rede Globo. 

A esquerda não pode ficar refém da máquina de manipulação da Globo, deve entender que os meios de comunicação da burguesia tem um objetivo político, não são neutros e tampouco imparciais.


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Eleições nos Estados Unidos 4: A família Bush



Os Bush são bastante conhecidos. Dois presidentes dos Estados Unidos pertencem a essa família que exerce uma enorme influência sobre a vida política do país. Diante disso cabe entender quem é essa família e a quais interesses está ligada. Para compreender quem é a família Bush será necessário voltar ao início do século XX e passar por diversas gerações.

Membros do Partido Republicanos, a família Bush está bastante associada aos interesses imperialistas que se manifestam nos Estados Unidos. Ficaram famosos pelos seus envolvimentos diretos em diversas guerras durante o século XX e XXI. Compõem a ala imperialista conhecida como neocons. Os neoncons são em sua grande maioria pessoas que trabalharam em agências de inteligência e ex-trotskistas. A característica mais marcantes dos neocons é serem conservadores nas pautas de costumo e pregarem um liberalismo extremo na economia.

Cada vez mais os neocons se aproximam da ala imperialista dos imperialistas humanitários e formam um único partido que é o Partido da Guerra. A família Bush tem deixado bastante claro o seu interesse de compor o Partido da Guerra na medida em que apoiou a candidata democrata Hillary Clinton nas eleições de 2016 e apoia publicamente o candidato democrata Joe Biden nas eleições de 2020. Mesmo sendo do partido republicano são críticos e opositores do Presidente Donald Trump.

A história recente da família Bush se mistura com a própria constituição de estruturas imperialistas nos Estados Unidos, que veio a se tornar a principal sede do imperialismo mundial com as sucessivas crises do Império Britânico sediado em Londres.

Sr. George Herbert Walker, também conhecido por Bert, nasceu em 1875 e é o bisavô de George W. Bush. Ele trabalhou na sede britânica do Brown Brothers Harriman & Co, banco de investimento da família Harriman e que tinha como sócios membros da família Rockefeller. A família Harriman é uma das mais ricas do mundo ainda hoje. Os investimentos desse banco permitiram que a família Harriman conseguisse controlar boa parte dos bancos e linha ferroviárias dos Estados Unidos.

Na sequência da Primeira Guerra Mundial diversos empresários dos EUA realizavam investimentos na Alemanha, sobretudo comprando ativos que se encontravam extremamente subvalorizados naquela ocasião a preço muito baixo. Os Bush junto aos Harrimans participaram ativamente desse processo, formando alianças com diversos industriais e banqueiros alemães. Esses empresários alemães eram os mesmos que temiam a ascensão do movimento revolucionário comunista alemão e que patrocinaram o nazismo e Adolf Hitler.

Por meio de seu banco a família Harriman viabilizou recursos estadunidense que se destinavam exclusivamente ao financiamento de movimento político nazista alemão. Os vínculos dos bancos da família Harriman com o nazismo eram tantos que esse foi o único banco com sede em Nova York que foi autorizado a eliminar seus arquivos relacionados ao seu envolvimento com a II Guerra Mundial. Sir Bert trabalhou como alto executivo dos Harriman e era sogro de Prescott Bush.

Prescott Sheldon Bush nasceu em 1895 e foi casado com Dorothy Wear Walker, filha de Sr. George Herbert Walker. Prescott é avô de Georg W. Bush e pai de George H. Bush. Ele exerceu postos como alto executivo nos bancos que seu sogro dirigia para a família Harriman. Prescott foi um importante financiador do partido nazista, incluindo a disponibilização de recursos para tentativa de golpe de Estado de Hitler em 1923. Foi fundador e diretor do Union Banking, um banco fictício que ajudou magnatas a retirarem seu dinheiro da Alemanha quando a derrota de Hitler e do regime nazista na II Guerra Mundial já estava prevista.

O Union Banking era proprietário de importantes empresas alemãs durante o regime nazista, inclusive a Stell Co. que tinha sua sede na Polônia próxima ao campo de concentração nazista de Auschwitz e que usou mão de obra escrava. O único depositante e cliente do Union Banking era Fritz Thyssen, o principal financiador de fundos para Hitler e o Partido Nazista. O tribunal de Nuremberg escondeu as relações de Prescott Bush com o regime nazista alemão. Nelson Rockefeller, vice-presidente dos EUA entre 1974 e 1977, e o William Harriman também tiveram envolvimento direto com essas atividades. Essas relações sempre foram encobertas pela imprensa, o governo e as agências de inteligência dos EUA e Prescott Bush ainda foi senador pelo estado de Connecticut entre 1952 e 1963.

George Herbert (H.) Bush foi filho do senador Prescott Bush e pai do presidente George W. Bush. Foi deputado federal pelo estado do Texas (1967-1971), representante dos EUA na ONU (1971-1973), presidente do Partido Republicano (1973 – 1974), embaixador dos EUA na China (1974-1975), diretor CIA (1976-1977) e vice presidente dos EUA (1981-1989). Em 1989 tornou-se Presidente dos EUA, posto que ocupou até 1993.

Além de uma carreira pública George H. Bush foi um membro secreto da CIA por décadas sendo conhecido na agência de inteligência pelo pseudônimo de WolfMan. Ele estava a serviço da CIA em Dallas no Texas em 22 de novembro de 1963, dia do assassinato do Presidente John Fitzgerald Kennedy. Naquele contexto George H. Bush se reunia em Dallas com a equipe da CIA que era responsável pela eliminação no exterior de líderes democráticos eleitos. Após esse acontecimento quem assume a presidência é o vice presidente Lyndon Johnson. Johnson era do Texas e inicia a escalada de envolvimento dos EUA na Guerra do Vietnã.

Na condição de vice-presidente do governo de Ronald Reagan, George H. Bush foi o responsável pelas questões que envolviam a América Central. Ele coordenou diversas ações contrarrevolucionárias, a invasão de Granada e golpes de Estado na região. Todos esses praticados por meio da CIA e do Pentágono. George H. Bush esteve envolvido diretamente com o escândalo dos contras na Nicarágua, cuja principal fonte de financiamento foi a cocaína. Permitiu que diversas drogas oriundas da Colômbia desembarcassem na Baia de São Francisco e depois fossem comercializadas nas ruas de Los Angeles. O tráfico de drogas somado ao tráfico de armas permitiu a ascensão de duas das mais violentas gangues da história dos EUA: os Crips e os Bloods. Um dos principais resultados desse processo foi o aumento da violência e exposição às drogas para a população negra e aniquilamento do movimento marxista dos Panteras Negras.

Em 1973 o então secretário de Estado dos EUA, Henry Kissinger, realiza o conjunto de negociações com a família real da Arábia Saudita, família Saud, que levaram a uma nova configuração geopolítica e a ascensão dos petrodólares. Com o fim da paridade entre o dólar e o ouro realizada por Nixon em 1971, os petrodólares foram uma forma de lastrear o dólar com petróleo, impulsionar o complexo industrial militar e garantir influência militar e geopolítica dos EUA em todo o Oriente Médio. O sistema dos petrodólares favorecia e tornava ainda mais rica e poderosa a família Rockefeller, sócios dos Bush. Desde então a família Bush estabeleceu fortes relações com a família real e com a elite financeira saudita e os interesses em torno do petróleo fez com que George H. Bush iniciasse a Guerra do Golfo contra Saddam Hussein e o Iraque (1990 – 1991).

Por meio de bancos em Houston, Texas, a família Bush viabilizou investimentos de recursos da família real saudita nos EUA. Essa relação se estendia também à segunda família mais rica e poderosa da Arábia Saudita, os Bin Laden. Ainda que quinze dos dezenove supostos sequestradores dos aviões do 11 de setembro fossem sauditas, a família Bush ajudou a eliminar qualquer suspeita de relação da Arábia Saudita com os atentados. Na ocasião havia muitos membros da família Bin Laden em solo dos EUA e os Bush garantiram o retorno em segurança de todos para a Arábia Saudita em um voo privativo. Assim como Saddam Hussein e Manuel Noriega, Osama Bin Laden foi um importante agente da CIA, sendo responsável pela criação da Al Qaeda. A família Bush mantinha relações não apenas com ele, mas também com sheiks e banqueiros árabes que financiavam grupos terroristas e ações encobertas.

George Walker (W.) Bush venceu as eleições para Presidente em 2000 em um verdadeiro golpe eleitoral que contou com a legitimação da Suprema Corte dos EUA. Para se eleger, George W. Bush teve o maior financiamento de campanha eleitoral da história, contando com o apoio de mais de 100 altos executivos das principais empresas dos EUA. Antes de ser eleito presidente W. Bush teve sérios problemas com álcool, pertenceu a sociedade secreta ultra-elitista da Universidade de Yale Skull and Bones, foi governador do estado do Texas e dono de uma das maiores equipes de beisebol dos EUA, o Texas Rangers. John Kerry, secretário de Estado do governo de Barack Obama também foi membro da Skull and Bones.

O período seguinte foi bastante conturbado e cheio de eventos que não apenas marcariam o início do século XXI como ficaram registrados na história. Em 2001 aconteceu o caso Enron, a crise de confiança corporativa, os atentados de 11 de setembro e o início a Guerra no Afeganistão e em 2003 iniciou a Guerra no Iraque que levaria a queda e morte de Saddam Hussein. George W. Bush foi uma figura pouco importante no período de sua presidência, sendo que os grandes protagonistas das ações imperialistas foram velhos amigos de seu pai como o secretário de defesa Donald Rumsfeld e o vice-presidente Dick Cheney, ambos neocons. No governo de George W. Bush sobressaiu o que ficou conhecido como regime Cheney e foi lançado o Patriot Act em uma lógica de doutrina da guerra permanente.

Em 2020 a família Bush e Colin Powell, secretário de Estado no governo de George W. Bush, declaram apoio a Joe Biden. A família Bush teve até hoje dois Presidentes dos EUA: George H. entre 1989 e 1993 e George W. Bush entre 2001 e 2009. George W. Bush foi governador do 2º estado mais rico dos EUA, o Texas, entre 1995 e 2000 e seu irmão Jeb Bush foi governador do 4º estado mais rico dos EUA entre 1999 e 2007. O Avô de George e Jeb Bush, Prescott Sheldon Bush foi senador dos Estados Unidos pelo Estado de Connecticut e banqueiro de Wall Street se destacando como um dos principais financiadores do regime nazista alemão. Além de Presidente dos EUA, George H. Bush também foi diretor da CIA (1976) e vice presidente dos EUA (1981-1989). Diversos analistas consideram que a família Bush efetivamente compõem a elite dos EUA e executam ações ligadas aos interesses imperialistas. O apoio da família Bush ajuda a colocar em questão a benevolência da candidatura à presidência do democrata Joe Biden.

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Mais um caso de covardia contra o Sem Terra: Dirigente do movimento é sequestrado e assassinado no interior do Paraná

Após a recente chacina ocorrida contra os camponeses em Rondônia (https://www.instagram.com/p/CGdbvCpnTsg/?utm_source=ig_web_copy_link), desta o vez a vítima foi o dirigente estadual do MST do Paraná, Ênio Pasqualin, que fora surpreendido em sua residência familiar no Assentamento Ireno Alves dos Santo, em Rio Bonito do Iguaçu, cidade do interior do estado, por um grupo armado, e assim o sequestrando, sob usos de disparos e roubos de documentos e objetos pessoais. O grupo utilizou o carro da própria vítima para raptá-la. O fato ocorreu entre a noite de sábado (24) e a manhã deste domingo (25), quando o corpo fora encontrado em uma estrada rural na cidade. Há possibilidade de motivação política já que a vítima vinha recebendo ameaças via WhatsApp, segundo a esposa.

Na política atual de caráter extremamente entreguista e com a concentração de terra tendendo a crescer exponencialmente com o avanço do agronegócio sob o comando do ministro Ricardo Salles (https://faroloperario.blogspot.com/2020/09/o-avanco-do-agronegocio-sobre-o-pantanal.html), a violência contra o trabalhador do campo vem ganhando contornos cada vez mais explícitos no governo Bolsonaro e o movimento MST precisa urgentemento se mobilizar e obter apoios maciços para organizar uma resistência em massa, sob efeito de novos massacres como o de Rondônia ou ataques como esse, do dirigente Ênio Pasqualin, acontecer novamente.


Fonte e nota oficial do MST: https://revistaforum.com.br/movimentos/dirigente-do-mst-e-sequestrado-e-assassinado-a-tiros-no-interior-do-parana/

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PT e Comitê Fora Bolsonaro visitam o bairro Brasitânia, em Fernandópolis

O Partido dos Trabalhadores e o Comitê Fora Bolsonaro em frente à Paróquia Senhor Bom Jesus em Brasitânia/Fernandópolis-SP levando nas ruas as candidaturas de trabalhadores e de denúncia do governo direitista do Bolsonaro.

Na manhã deste sábado, dia 31 de outubro, o PT de Fernandópolis, junto ao Comitê Fora Bolsonaro da cidade, mais uma vez foi às ruas, tal qual ocorreu na semana que se passou (https://faroloperario.blogspot.com/2020/10/a-voz-da-esquerda-no-interior-paulista.html). Desta vez, visitando o distrito da Brasitânia.

Os moradores ouviram a mensagem do partido através de seus cinco candidatos a vereadores que puderam, em conjunto com o Comitê, distribuir seus materiais e convocar a população a se unir à resistência contra o atual governo. Em contrapartida, fora denunciada a negligência das últimas gestões, com ausência de políticas públicas e de serviços que valorizem o local, como recapeamento de ruas, prometidas e não cumpridas pelo prefeito André Pessuto (DEM). 

Essa negligência, aliada à boa aceitação dos moradores à intervenção petista, demonstram que a periferia, geralmente deixada para segundo plano pela direita, é um lugar ideal para a atuação da esquerda, pois aloca as pessoas que detém maior conhecimento prático da exploração da burguesia e de seus partidos. São principalmente para esses locais que devemos levar as pautas do interesse proletário, de maneira clara e direta, e com o intuito de expulsar ou não deixar entrar as falácias liberais.

Companheiro Donato, Alcione e Clarete apresentando-se como candidatos do Partido dos Trabalhadores no bairro.

Conforme as discussões políticas do Comitê, o PT por não realizar acordo com nenhuma direita golpista ou bolsonarista seria o agrupamento que poderia impulsionar as atividades do Comitê em razão à política eleitoral de rua que o PT desenvolve junto ao povo. Assim, os integrantes vinculados à outros partidos, por conta das eleições, saíram do Comitê porque, para se tornarem candidatos, precisaram aliar-se aos partidos bolsonaristas (Republicanos, PSL) ou da direita golpista (DEM, PSDB, MDB). Quer dizer, a convicção política contra a direita foi jogada fora em nome da disputa por cargos no Município. Como a política do Comitê é a mobilização popular pelo Fora Bolsonaro, em toda a reunião os limites da politização pelas eleições é discutido e coloca-se sempre uma preparação de atuação política nas ruas para o próximo período depois das eleições.

Companheira Clarete (PT) (ao centro) e demais em direção aos bairros de Brasitânia.

O PT promete seguir esse alinhamento e continuar nas ruas. Mais do que nunca, sua postura de partido que não coaduna com a Frente Ampla é essencial para manter a denúncia ao governo golpista e, com a presença direta de seus representantes e candidatos a vereadores, o combate à direita se torna real e efetivo.

Companheira Alcione, Clarete e Suzuki.

Para aqueles que quiserem se juntar ao Comitê Fora Bolsonaro, basta contatar o e-mail forabolsonaro.fernandopolis@gmail.com. Não é necessário ter partido político, basta querer participar. Como foi dito acima, o PT aparece como a ala mais combativa em razão de sua política nacional independente da direita; e os demais partidos, por realizarem acordos com a direita, saíram do Comitê. O objetivo principal do Comitê é agregar os setores mais combativos da cidade e ampliar a mobilização contra o bolsonarismo e a direita seja de qual partido ou agrupamento político. Por óbvio, aqueles grupos políticos mercenários que se vendem por voto ou por cargos não conseguem levar uma luta política adiante por incompreensão da política de ataques da direita e do bolsonarismo.


Candidaturas de trabalhadores do PT:
Alcione Enfermeia 13.013
Arinaldo Costa 13.000
Clarete Bortuluzi 13.123
Donato Derrico: 13.222
Santo Carneiro: 13.151 

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Governo Boric será de direita besuntado em um esquerdismo de fachada

No dia 11 o novo presidente do Chile tomou posse, após 4 anos de governo do direitista Sebastián Piñera. A imprensa internacional deu muito ...