sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Chamada para as atividades do comitê de Fernandópolis


 

Hoje, 15/01, às 19hrs, retoma-se as atividades do Comitê Fora Bolsonaro, em Fernandópolis.

O Comitê tem o propósito de discutir o panorama político e trazê-las à prática, sob a palavra de ordem "Fora Bolsonaro".

Todos são convidados e bem vindos.

Fernandópolis, 15 de janeiro de 2021.
Comitê Fora Bolsonaro Fernandópolis.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

Editorial 12/01/2021 - A fina película democrática da esquerda para encobrir o Regime Golpista


A luta política do último ano não se desenvolveu no campo operário, não havendo grandes manifestações, greves ou passeatas. A desmobilização foi geral, fazendo que o centro da luta pelo poder no país se deslocasse do PT contra os golpistas para Bolsonaro contra os golpistas. A luta não era mais de matriz político, mas civilizacional. Era uma luta da ciência contra o obscurantismo. Criaram-se governadores científicos, criaram-se ministros científicos e toda a imprensa burguesa tencionou neste ponto para virar a página do golpe. 


A tensão artificial dos meios de comunicação, que nada mais é que uma forma de fazer campanha antecipada contra Bolsonaro sem realmente colocar a massa na rua para uma ação efetiva, foi alimentada por todo tipo de oportunismo eleitoral na campanha de 2020. Alguns poucos setores oportunistas conseguiram alguma migalha do sistema, enquanto a esquerda como um todo teve um retrocesso gigantesco. Os direitistas mais bárbaros como é o caso do DEM e do PSDB foram os vencedores absolutos das eleições, mas o avanço do Bolsonarismo como um bloco também ocorreu e mostra uma situação muito mais tensa para o futuro. 


Ainda hoje é esta tensão que impera dentro da situação política por causa do imobilismo da esquerda. Assim, a luta pela vacinação apenas apresenta o caráter específico desta disputa. É claro que fica muito difícil observar tal especificação neste caso já que a burguesia lançou uma campanha para intimidar todos. Trata-se de mais uma das campanhas “apolíticas”. O novo dogma burguês já vem com todo o poder político de esmagar da burguesia (vacinação obrigatória), que utiliza de todas as brechas possíveis para fazer o regime capitalista se tiranizar cada vez mais. Logo, as medidas sanitárias em diversos locais estão servindo muito mais para a consolidação de uma ditadura do que para tratamento medicinal: confinamento, restrição de liberdades e proibições de eventos públicos. 


A questão política é colocada de maneira muito rasteira e demagógica por Bolsonaro, que faz isso para evitar vitórias políticas de seus inimigos e concorrentes. Assim, os golpistas colocam um programa repressivo contra o povo sob a bandeira da luta contra o Covid19. O povo se revolta com isso e apenas escuta demagogias bolsonaristas para que os mais atrasados politicamente se iludam. Por trás de tudo isso, como um ruído bem baixo, está a voz oportunista da esquerda institucional papagaiando a Globo com o objetivo de dar uma fina película democrática aos golpistas em sua escalada para o poder. 


A vacinação, vista sob o ponto de vista marxista, deve pensar nas consequências de uma experimentação feita com alto controle de tempo e dados, algo que exigiria uma melhor preparação de todos os exames e infraestrutura para possíveis problemas que possamos ter com o aumento do número de complicações hospitalares. Assim, essa preocupação de mais cuidado com o povo, que surge normalmente entre a população, é deixada para o populismo barato bolsonarista. 


O bolsonarismo se utiliza da intuição do povo e guia sua política para se organizar com os problemas da vacinação e faturar politicamente, o que pode ocorrer mais facilmente nos processos de verificação e produção apressada de um medicamento. Neste momento, aparecerá a esquerda pequeno-burguesa para bradar Fake-News e teoria da conspiração.  


No campo da vacina, a esquerda esconde o jogo político real, colocando a questão de modo infantil e moral. Resultado final: fortalecimento de Dória e sua política. No campo da política, a esquerda institucional favorece o mesmo tipo de político golpista por estar a reboque cegamente desde que se deixou guiar exclusivamente pela propaganda pseudocientífica dos golpistas. 


O apoio a Baleia não é um processo desvinculado de toda a política da esquerda institucional: é a mesma lógica de ir atrás de uma saída burguesa para Bolsonaro. Nesse processo, o povo é rifado pela esquerda institucional que está disposta a ser cobaia dos senhores do golpe de 2016 e calar todos aqueles que não se submeterem a vacinação.  


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Quem são os oportunistas da esquerda? Os defensores do Baleia Rossi (MDB-SP)


No início de fevereiro, será definido o comando da mesa diretora da Câmara dos Deputados. A nova composição sucederá os trabalhos da presidência de Rodrigo Maia (DEM-RJ), sendo que a disputa para essas funções evidencia uma aliança da esquerda com os setores golpistas, manobra conhecida como Frente Ampla: uma frente da esquerda com a direita contra o Bolsonarismo.


A direita golpista (DEM, MDB, PSDB, PSL, PV, Cidadania, Rede) formaram essa coalização em torno do deputado federal Baleia Rossi para desbancar o bolsonarista Arthur Lira (Progressistas-AL). A esquerda, nesse sentido, vem articulando em apoiar o candidato do MDB para manter a oposição ao controle da Câmara pelos aliados do Bolsonaro. Assim, o PT, PSB, PDT e PCdoB procuram avançar nessa proposta.


Sem definir o apoio claro, os quatro partidos da esquerda lançaram em conjunto um manifesto dizendo que o eventual apoio ao candidato do MDB seria uma opção tática, explicando que “integrar esse bloco para derrotar o Bolsonaro não significa que abramos mão de qualquer das bandeiras que defendemos”. Para que o PT possa apoiar de fato o deputado Baleia Rossi, o partido exige que o candidato dê prioridade nos 50 pedidos de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro. A isso, a presidente do PT, Gleisi Hoffman comentou em entrevista à CNN: “Queremos pelo menos que isso não seja descartado. Que todas as medidas que a Constituição oferece em relação a contraçaõ de abusos e crimes praticados pelo governo sejam considerados: CPIs, convocações e inclusive o impeachment”.


Para continuar exemplificando a predileção pela política de Frente Ampla, temos a comovente fala do deputado federal Marcelo Freixo (PSOL/RJ): “Existe algo em comum que nos une, e é muito maior que nossas diferenças: a crença nos valores do Estado democrático de direito e a certeza de que é nosso compromisso defendê-lo diante das ameaças explícitas do presidente da República”. Ainda, a deputada federal também do PSOL/RS, Fernanda Melchionna, nos dá a letra da salvação nacional por meio de seu Twitter: “A estratégia da esquerda da eleição da Câmara tem que ser derrotar o candidato de Bolsonaro. Todas as táticas são válidas, como lançar candidato para demarcar o programa. Mas forças ocultas querem igualar o candidato de Bozo ao campo de Maia para ajudar o Lira. O PSOL não cai nessa”.


“O PSOL não cai nessa e as forças ocultas”


As forças ocultas que o PSOL estão indiretamente criticando deve ser, uma delas, uma política realista e revolucionária. Um dos partidos centrais que articularam o golpe de 2016 contra o PT, retirando a presidente Dilma Roussef da presidência da República foi o MDB. O bolsonarismo foi, precisa ser dito isso, e continua sendo uma continuidade à extrema-direita da política dos partidos golpistas. Um pedido da presidente do PT para que o Baleia Rossi inicie a CPI contra o Bolsonaro chega até ser risível diante do regime político de exceção que estamos vivendo no qual a população não tem nenhum controle do processo político. Em oposição aos lunáticos da esquerda parlamentar, trazemos aqui a crítica certeira da companheira Dilma Roussef, dizendo ao Opera Mundi: “Tem alguém mais contra a democracia do que foi o (P)MDB nos últimos tempos?”.


Ao invés de construir uma frente única da esquerda, dos trabalhadores e oprimidos e excluir, isso precisa deixar claro, toda a direita golpista e bolsonarista, a esquerda mais uma vez capitula na sua política de migalhas jogadas pelos golpistas. Isso reflete, para a militância da esquerda, uma desmoralização sem limites e confunde a todos que estão ligados à esquerda. A formação da Frente Ampla na Câmara dos Deputados é uma capitulação que refletirá no arranjo eleitoral de 2022, levando a um candidato direitista (com ares de esquerdista) para que a esquerda oportunista (na realidade, seus dirigentes) apoiem-no sem nenhum pudor. Nesses termos, sem força política na base e mobilizatória em decorrência dessas capitulações parlamentares, o regime iniciado com o Golpe de Estado de 2016 continuará a se aprofundar cada vez mais, ao menos que a esquerda tome uma política independente para defender os interesses da classe trabalhadora, pelo Fora Bolsonaro e por um candidato que represente essa política independente que, ainda hoje, apresenta-se na figura do ex-presidente Lula.


https://www.brasildefato.com.br/2020/12/23/oposicao-articula-alianca-tatica-para-impedir-dominio-de-bolsonaro-na-camara

http://atarde.uol.com.br/politica/noticias/2152154-pt-quer-que-baleia-rossi-se-comprometa-a-considerar-pedidos-de-impeachment-contra-bolsonaro-antes-de-apoio-oficial

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painel/2021/01/maioria-do-pt-deve-optar-por-baleia-rossi-diz-deputado.shtml

https://www.causaoperaria.org.br/nova-diretoria-prepara-privatizacao-do-botafogo/


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