O Farol Operário mantém as atividades do seu Comitê de Redação pela venda de jornais nas ruas e pelo link do Apoia-se.
A imprensa operária é uma ferramenta da classe trabalhadora para denunciar os ataques dos capitalistas contra o povo, ou seja, é uma imprensa que combate a mídia tradicional. Dessa forma, enquanto a burguesia utiliza os veículos de comunição tradicionais como sua ferramente ideológica, o povo só pode contar com uma imprensa que defende seus interesses e que não seja financiada pela burguesia. Só dessa forma é possível desenvolver uma independência política, de pensamento e crítica.
O problema, no entanto, apresenta-se no sentido de como financiar a imprensa operária, já que os jornalistas não recebem nenhum centavo da burguesia. Não recebem porque as matérias jornalísticas produzidas chocam-se com o interesse político e econômico dos capitalistas, portanto não há o que se cogitar em ser bancado pelos burgueses. Dessas considerações, pode-se concluir que uma imprensa financiada pela burguesia jamais será operária e jamais será independente, porque apenas reproduzirá e defenderá a política burguesa.
No Brasil, só como exemplo, apenas algumas famílias concentram todo o empreendimento midiático do país. A Globo, Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo, a Veja etc. são expressões desse oligopólio midiático e, em maior ou menor grau, defendem a mesma política, ou seja defendem a direita e seus partidos. Por esses jornais, não é claro uma análise crítica dos acontecimentos. Esses jornais apenas se apresentam como “imparciais”, como se somente noticiassem os fatos sem discutir sobre eles. Obviamente, quem apresenta notícias “imparciais” sem qualquer contraditório, oposição ou crítica está, na prática, defendendo um único ponto de vista e, nesse caso, o ponto de vista da burguesia.
Em 1964, o jornal "imparcial" o Globo defendeu abertamente o golpe de Estado pelos militares. |
Lembrando que nos Editoriais (seção de opinião do jornal) do O Globo, Estado de São Paulo e Folha de São Paulo houve a defesa expressa do impeachment da ex-presidente Dilma Roussef. De certo, uma maneira imparcial de defender o golpe de Estado. |
Diante dessa perspectiva hegemônica imposta, há a necessidade de defender um jornal com um ponto de vista diverso, oposto. Quando a imprensa burguesa diz que é “imparcial” isso em nada significa, ela apenas está tentando valorizar e legitimar seu conteúdo de autoridade. Quem deve fazer um balanço se um jornal tem ou não valor é a própria população, mas para isso, deve lançar mão de um ponto de vista contrário, ter em mãos um jornal operário. Sem isso, obviamente a imprensa corrente passará por “verdadeira”, “legítima” e “imparcial”, propagandas que fazem com que a população não leia outro tipo de conteúdo, senão o da “mídia imparcial”, que é totalmente parcial, conforme vimos acima.
O jornal operário, portanto, é uma ferramenta social que amplia a experiência da democracia popular, porque materializa a perspectiva crítica, diversa da ditadura informacional dos grandes monopólios de comunicação.
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Rafael Suzuki
Comitê de Redação do Farol Operário
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