terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Nota contra perseguição Farol


Abaixo a perseguição aos petistas feita no Ato Vidas Negras Importam de Ribeirão Preto 21/11/2020


A Central Única dos Trabalhadores (CUT) é uma organização operária feita ao final da Ditadura Militar para lutar contra a repressão brutal contra a auto-organização dos trabalhadores, nascemos lutando com muita dificuldade e enfrentando muita violência. Assim, representamos o movimento de trabalhadores do país onde realmente existem greves por ser o único local onde uma política revolucionária pode se expressar, somos o bastião da liberdade do movimento popular e sindical. 

Dentro de nosso estatuto, não aceitamos a ingerência judicial e do aparato repressivo em nosso movimento. Nossa prática é dada pela liberdade, sem censura a partidos, militantes e organizações sociais. Não aceitamos as censuras e restrições, considerando-as fascismo no sentido mais claro de classe. Diante de tudo isso, repudiamos com veemência a atitude covarde e aproveitadora de um grupo que não se coloca as claras, sobre o militante do Partido dos Trabalhadores e editor do jornal Farol Operário, Raphael Trena. 

No dia 21/11/2020, em Ribeirão Preto no interior de São Paulo, o militante Raphael Trena estava panfletando o jornal Farol Operário com algumas edições e a edição do dia denunciando a farsa da polarização entre Suely (Ex-Secretária da Educação de Nogueira) e Nogueira (Ex-patrão de Suely Vilela). Ao final da panfletagem, em um local um pouco isolado, uma moça se dizendo da organização saiu em ataque ao jornal, buscando impedir a sua distribuição por ser material do Partido dos Trabalhadores, neste momento contou com a ajuda de outras pessoas que “coincidentemente” estavam para fazer a mesma coisa: expulsar um membro do PT. 

Em busca de membros da organização, Trena não encontrou ninguém relevante do PSOL e denunciou para alguns petistas dali, mas o partido estava dissolvido no próprio ato, mostrando o erro de abaixar as bandeiras. Abaixar as bandeiras serve para isso, controlar um ato e inibir qualquer forma revolucionária, mais à esquerda. A lição que fica deve ser essa: iremos denunciar com toda força a censura que fizeram e não negociaremos o nosso direito de participar em atos públicos. 


Abaixo o curral eleitoral 

Abaixo a censura 

Central Única dos Trabalhadores (CUT) de Ribeirão Preto 


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quinta-feira, 26 de novembro de 2020

PM e segurança do Carrefour espancam negro até a morte


Em uma unidade do Carrefour na cidade de Porto Alegre (RS), João Alberto Silveira Freitas de 40 anos foi espancado até a morte por um militar e um segurança no dia 19 de novembro. Segundo relato da Brigada Militar, houve um desentendimento no interior do supermercado entre a João, que estava acompanhada da esposa, e uma funcionária, sendo que ele ameaçou agredi-la. Foram acionados os seguranças (um brigadiano e um terceirizado) que levaram João para a frente da loja para espancá-lo até morrer. Momentos depois, o SAMU chegou para tentar reanimá-lo sem sucesso.

O racismo não é uma questão de consciência ou abstração, não é um espírito racista que paira sobre a sociedade e toma conta, no caso, dos seguranças, da polícia militar fazendo terrorismo nas periferias ou matando a população oprimida de fome porque um "espírito racista" apodera-se de um empresário cujo empreendimento não dispõe de vagas de emprego.

O racismo tem etiqueta, corpo, propósito e finalidade. Para aqueles que acreditam que a educação, a conscientização sobre a transubstanciação do racista em não racista, acaba cometendo imprecisões teóricas na análise da realidade sem precedentes sob pena dos atos racistas continuarem perpetuando-se no tempo porque não há intervenção direta sobre o problema.

O aparato repressor estatal, em especial a polícia militar, serve para conter os pobres e, historicamente em decorrência da escravidão, os negros. Estão, portanto, em uma contradição real a população negra (e os demais setores oprimidos) e as forças repressivas estatais. Essa contradição só será resolvida, em parte, com a dissolução da polícia militar. Essa discussão nem passa aos ilustres esquerdistas caviares (pequeno-burgueses) que, como se acham legítimos representantes dos pobres e negros, falam o que querem, aliás, o que lhes parece mais fácil, um discurso que agrada a todos (inclusive à polícia e a burguesia) já que não são eles que são diariamente assassinados pela repressão do Estado burguês.



A luta pelo fim da Polícia Militar só pode ser concebida no seu percurso revolucionário que obedece leis específicas do movimento de massas enquanto organização popular que substitui, ocupando cada vez mais o lugar do aparelho estatal burguês. O primeiro passo é o fortalecimento das organizações operárias, de seus partidos revolucionários e, por consequência, fortalecimento da organização de negros e de minorias operando com uma disciplina férrea de luta (de tipo partidária), passando pelo controle da produção local, das fábricas, da economia local, dotando de soberania localizada o movimento. Por conseguinte (simultaneamente), organização de milícias de trabalhadores para proteger essas ocupações, os partidos operários e as organizações oprimidas entre outros passos que só a perspectiva revolucionária e a experiência prática é capaz de dar um caminho claro de luta e de fim a esse tipo de ataque à população negra e em geral. É um processo que envolve toda a sociedade, das camadas populares para resolver esses problemas que, no final, está relacionado com o poder que a burguesia tem sobre a sociedade e se utiliza da polícia militar para proteger sua propriedade privada e seus lucros da "delinquência" dos demais e, em um contexto histórico de racismo, esse aparato repressivo ganha uma política racista, selecionando quem irá ser ou não espancado até morrer.

Em um direcionamento conclusivo para essa questão, as organizações populares devem ser criadas e ampliadas, adotando a política revolucionária capaz de resolver o problema da repressão estatal a partir da perspectiva de enfrentamento, não de ilusões no discurso, eleitorais, parlamentares ou qualquer medida tímida e idealista que o valha, porque enquanto a população se ilude, o assassinato dos negros continuará sem cessar.



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Consciência Negra e a Terceirização de Lutas Populares


O Dia da Consciência Negra foi marcado pela morte de João Alberto, um cliente negro, em uma das unidades do Supermercado Carrefour de Porto Alegre, que fora espancado por dois seguranças, sendo um ex-Policial Militar. Porém, outro fato que gerou comoção, inflamada pela data, foi a dedicatória feita por Pelé a Bolsonaro de uma camisa histórica do Santos Futebol Clube. 

Não é de hoje que a imagem do clube tem sido ligada à figuras questionáveis e contraditórias às pautas sociais que o clube sempre defendeu. Entretanto, importante pontuar que aqui se tratou de uma atitude particular do Rei do Futebol. Este, que desde sempre foi duramente criticado pela militância de esquerda, o julgando por pouco se posicionar a favor de pautas progressistas, sobretudo na questão do racismo. mais uma vez foi apedrejado por conta da sua atitude.

Disso, duas perguntas podem serem feitas: Qual a utilidade à causa em criticar alguém claramente despolitizado e, ainda por cima, negro? 

Se Pelé tivesse, por toda sua vida, atuado contra o racismo, isso teria resultado em algum efeito concreto na resolução do problema?

Obviamente é muito legal quando um esportista como Lewis Hamilton, multi-campeão da Formula 1, se posiciona veementemente a respeito do tema, entretanto é importante observar que: 1) Trata-se de uma opinião particular, baseada na vivência e em questionamentos internos de uma pessoa que, guardadas exceções, possui uma formação situada na média de qualquer cidadão comum de seu país local; 2) Por mais que possa atingir uma grande camada da população por conta do tamanho de sua repercussão, seu discurso só poderá resultar em algum efeito transformador se vier carregado de conteúdo classista e revolucionário, que, por mais que seja possível, não deve ser esperado por pessoas que estão no topo da pirâmide: essa iniciativa é de responsabilidade dos partidos e movimentos sociais. A tendência é o discurso que cai na grande mídia ser banalizado ou fetichizado e, assim, tirado de seu contexto real. É dessa forma que a luta contra o racismo vai se transformando num tipo de "marca filantrópica", onde ao mesmo tempo, pode ser comercializada e ganhar uma falsa roupagem de algo transformador, ao focar o cerne do problema na consciência humana, e não na estrutura capitalista.

Cobra-se do esportista, do artista da grande mídia, como se ele representasse alguma espécie de elite intelectual, quando na verdade não faz sentido esperar que sua opinião seja diferente da do status quo do local onde vive. Ao cobrar deles tão assiduamente um posicionamento, ao ponto de iminentemente nos revoltarmos, estamos terceirizando a responsabilidade de luta de uma causa que é popular. O problema não se resolverá "de cima pra baixo", mas sim através de mobilizações populares combativas ao sistema capitalista e seus aparatos, que são a principal estrutura que perpetua o racismo.

Além disso, jamais se deve crucificar o negro, como bode expiatório, pela sua conivência, já que esse estado representa exatamente o seu papel de vítima na sociedade. Seria puni-lo duplamente. Referente a isso, fica a sugestão no link abaixo do podcast O Negro Na História do Futebol: A Voz Do Preto, de História Preta. (https://open.spotify.com/show/0gkJ4Wy8wXJkJc2lZVfLyx?si=-gGp4OQHQE6n5ozhteswuQ )

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Materiais apreendidos de Comitê de Chiarelli mostram a face antidemocrática do Judiciário


Lula é perseguido e difamado pelos meios de comunicação e por pessoas confusas, que espalham todo tipo de afirmações preconceituosas e rasteiras. Já fizeram mascotes com o líder operário em trajes de preso e até mesmo colocaram bonecos dele (pixuleco) enjaulado. Onde está a defesa da honra de Lula em tudo isso? Onde está o direito de resposta legítimo que teria em rede nacional para expor toda a mentirosa campanha? Não há direito de resposta, não há honra de Lula e demais perseguidos políticos no país. 

A Justiça decide quem deve ser censurado e multado, colocando os poderosos e golpistas em um lugar inalcançável para qualquer crítica e polêmica. Isso ocorre por que não existe liberdade em nosso país, o que dá margem para que o Estado possa censurar legalmente os desamparados. Quem perde com isso não são apenas os atacados, mas todo o povo que se vê obrigado a abaixar a cabeça e se colocar em silêncio. Logo, a luta da esquerda deve se guiar pelo princípio marxista da liberdade, não por um princípio moral.

Em Ribeirão Preto, o segundo consolidado nas pesquisas é Chiarelli, que busca polemizar com os tucanos e demais adversários. Ao fazer isso, desfere diversos ataques, o que já lhe rendeu processos e multas.  Os métodos de Chiarelli podem ser bizarros e estranhos aos setores mais ilustrados da população, assim como é aos marxistas. Apesar disto, a liberdade de Chiarelli deve ser inalienável, ele deve ter o direito de se expressar da forma que desejar, sem constrangimentos e multas. Fazemos este alerta por uma questão política essencial, a defesa da liberdade e da soberania do voto popular. Não é uma luta particular em defesa de Chiarelli, é uma luta geral contra a tirania que fazemos. 

O motivo de atuarmos assim é pela forma como já somos perseguidos pela luta travada em prol da Revolução e do Socialismo, não aceitamos nenhum intermediário entre nossa voz e o povo. Tudo o que aceitamos para nós, colocamos como direito para todos, independentemente do viés ideológico. Assim, é estranho ao marxismo o ataque tirânico de nossos inimigos e uma defesa singular de determinada figura como Lula, pois os direitos não são dados aos nossos amigos e companheiros e sim a todos. Dito de outra forma: um marxista não precisa de motivos para se opor as perseguições. 

Mais um ataque aos direitos de Chiarelli, agora levam seu material de campanha 

Na manhã de quinta-feira, 05 de novembro de 2020, a Polícia Federal foi ao Comitê Eleitoral de Chiarelli para pegar material de campanha contra o prefeito Duarte Nogueira (PSDB). Tal ação foi realizada por haver mensagens contra Nogueira, deixando claro ao povo o perigo de se atacar um poderoso. É notório que se houvessem provocações e insultos a Lula, jamais teria sofrido qualquer tipo de sanção. 

Chiarelli, que não é poderoso, é alvo da imprensa burguesa: colocam as fotos mais esdrúxulas nas matérias em que aparece, além de mentirem sobre sua candidatura, que até ser impugnada pela Justiça em todo o processo legal, ainda se encontra na disputa. A manobra é clara, induzir as pessoas a abandonarem a campanha de Chiarelli. Para fazer isso e evitar o esfacelamento do PSDB, agora tomam o material de Chiarelli.

Não vamos aqui fazer qualquer tipo de reforço a censura, pois somos a esquerda operária, aquela que luta pela libertação do povo. Assim, denunciamos o ataque que o direitista passa, uma ofensiva bárbara que, caso estejamos em silêncio, normalizará todo tipo de arbitrariedade contra os pobres e explorados. Lembrando sempre que somos a favor do esclarecimento e do debate mais amplo possível, sem multas e sem censuras. 


O B.O de Cris Bezerra (MDB) reforça o clima ditatorial da eleição municipal de 2020


A candidata do MDB entrou em polêmica com Chiarelli durante o debate do dia 04 de novembro, recebendo uma série de ofensas. Após terminar o debate, fez Boletim de Ocorrência (B.O) para criminalizar o que foi dito por Chiarelli, o que vai reforçar o nível de perseguição a ele e, em seguida, a todos. 

Os políticos e figuras públicas devem ser alvo de todo tipo de crítica, caso contrário estaremos em uma ditadura. E as ditaduras são assim: você critica Lula, fala que Chiarelli é maluco e nada acontece até que se mete com um poderoso que te esmaga. 

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URGENTE: tarefa pós-eleições nos EUA

As eleições nos EUA acabaram, mas ainda não foi definido o candidato vencedor: mesmo com a apuração dando a vitória para Biden, a polarização continuará e o conflito será judicializado. Após a resolução do conflito, naturalmente, a burguesia do país definirá o "real" vencedor as eleições, e a tendência é o arrefecimento das manifestações e da polarização.

A tarefa dos movimentos populares é clara: continuar nas ruas permanentemente, até que a virtual situação revolucionária do país se transforme, de fato, em revolução. A repressão estatal será intensa a partir do momento em que os manifestantes não forem mais úteis a nenhum setor da burguesia. É nesse momento que o povo norte-americano deverá ter mais tenacidade para continuar nas ruas, e impor suas pautas pela força da mobilização.


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A Frente Ampla e a Luta do "Bem Contra o Mal"


Não é de hoje que nosso jornal, bem como parte da mídia de esquerda, vem denunciando a política da Frente Ampla como uma neutralizadora da prática anti-golpista, já que se trata de um movimento realizado por parte dos próprios partidos apoiadores do golpe (a direita burguesa) para recuperarem seu prestígio e enfraquecer os "extremos" (Bolsonaro e Lula). Estes, que usaram do golpe, aliados à extrema direita, para afastar a esquerda lulista do poder, agora usam de um mecanismo quase inverso, se aliando à uma parcela da esquerda, que subordina suas ações aos interesses da burguesia em troca de apoio mútuo nas eleições e manutenção de seus privilégios.

Podemos perceber seus efeitos na sensação de conformismo e anestesia que paira sobre o povo que, ou apoia o atual governo, ou transfere a responsabilidade de luta à estes governantes, cujo compromisso se resume à movimentos eleitoreiros e embates legislativos (quando não estão publicando memes em outdoors).

O intuito da Frente Ampla é bem sucedido em servir à burguesia, ao transformar o povo em mero expectador de sua própria sorte. Não a toa, com o amadurecimento desta política, presenciamos a diluição das greves dos petroleiros, dos Correios, bem como a desmobilização de outros setores trabalhistas, como os Servidores Públicos e os bancários. Porém, o pior, sem dúvidas, é a inércia que toma conta da população e seus representantes frente às mais de 150 mil mortes por conta da pandemia de COVID-19 ao assistir, de mãos atadas, nosso presidente dar de ombros para qualquer medida séria de combate ou prevenção à doença.

E é frente à esse clima apaziguante, bem calhado com as eleições municipais, que a mídia começa a dar as cartas: bastou João Santana, antigo marqueteiro petista, sugerir em sua entrevista no Roda Viva uma aliança Ciro e Lula (este de Vice) como uma das únicas situações possíveis para vencer Bolsonaro em 2022, que começou surgir matérias supostamente confirmando uma reunião "de paz" entre os dois, o que fora posteriormente negado por Lula. A repercussão demonstra não só o acerto no âmbito eleitoreiro de João Santana, mas também que este é um dos cenários de interesse para a burguesia: um candidato mais "moderado" com relação ao atual, mais centrista e com certa popularidade, não só entre a direita como também entre a esquerda, principalmente pela possibilidade do apoio de fachada de Lula (este que ficaria bem neutralizado pela figura de Ciro). Outra situação seria um concorrente explicitamente direitista, porém "menos extremo", como Sérgio Moro ou Henrique Mandetta, que, no caso, também obteria o lamentável apoio esquerdista por ser o "menos pior".

Ou seja, no fim, o que se configura é a moldagem de um candidato que consiga representar o "bem", o equilíbrio, a democracia, contra o "mal" representado por Bolsonaro, assim como foi nos EUA com Biden X Trump. O periódico golpista Época já denuncia a importação da manobra ao anunciar que o Brasil "precisa de um Joe Biden". A grande mídia brasileira e os partidos da Frente Ampla parecem coadunar com tal proposta ao apedrejar Trump e comemorar aos berros a vitória do Imperialista Democrata. Ambos já vêm ensaiando seus passos combinados para a grande epopeia de 2022.

Estas eleições municipais já deram a tona de quem realmente está no comando: sob a tutela da reforma eleitoral e do controle sobre o judiciário, a burguesia cassou diversas candidaturas e permitiu que seus candidatos dominassem o horário eleitoral como nunca; a grande mídia inundou as pesquisas com dados questionáveis e catapultou os candidatos de sua preferência, como os representantes da direita tradicional  e os da esquerda "inofensiva" ou "antipopular", como Guilherme Boulos e Manuela D´Ávila, consequentemente isolando a ameaça petista.

Com as cartas da burguesia postas à mesa, só resta à esquerda usar seus meios de mídia para propagar informações e unir forças a fim de que estas se resultem em movimentações populares de rua, ou seja, perigos reais aos golpistas! 


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Saem R$ 50 bilhões do Brasil: o que isso pode representar?



Uma única família de São Paulo enviou legalmente R$ 50 bilhões para fora do Brasil. O que isso pode representar? Muitas coisas e ainda esse evento apresenta relação direta com a luta política e a luta dos trabalhadores. A começar pelo fato de R$ 50 bilhões representar uma quantidade extraordinariamente grande recursos financeiros e só o fato de esse valor pertencer a uma única família brasileira já deveria por servir como razão de indignação e revolta. R$ 50 bilhões equivale a aproximadamente US$ 10 bilhões de dólares. 

Para se ter dimensão do que representa esse valor a fortuna pessoal de um dos empresários mais ricos do mundo, o sul-coreano Lee Kun-hee que faleceu no dia 25 de outubro de 2020, era de US$ 21 bilhões. Aquele que é considerado o brasileiro mais rico, Joseph Safra, possui uma fortuna pessoal de US$ 23 bilhões. Isso faz suscitar algumas questões, como de onde vem e para onde foi esse dinheiro? Não há informações detalhadas, já que os meios de comunicação se quer disseram quem é essa família. Mas essa questão faz levantar algumas hipóteses.

A primeira delas e talvez a menos provável é a de que a economia brasileira está para colapsar e o real sofrerá uma desvalorização absurda nos próximos meses. Essa possibilidade vem ao encontro dos indícios que temos de um grande colapso econômico mundial. As principais economias mundiais encontram-se em profunda recessão e o desemprego nos Estados Unidos atingi 61 milhões de pessoas, segundo o relatório do Standard Chartered Bank. Diante dessa recessão global o Brasil tem apresentado constante alta dos preços de produtos básicos, aumento do desemprego e recessão econômica. Assim uma primeira interpretação simplista pode considerar a possibilidade dessa suposta família de São Paulo ter enviado seu dinheiro para um local de aplicação mais segura por ser muito rica que tem informações privilegiadas sobre o futuro da economia brasileira.

Porém uma análise um pouco mais desconfiada faz levantar outra hipótese. A questão fundamental a ser colocada é: como essa notícia veio a público? A resposta quase que inesperada nos aponta que foi através da mídia hegemônica, golpista e imperialista brasileira. Os dois meio de comunicação que fizeram as primeiras divulgação sobre a saída dos US$ 50 bilhões foram as nada confiáveis organizações Globo e Folha de São Paulo. 

Tudo começou com a notícia em tom de denúncia feita pelo jornalista Lauro Jardim para o jornal O Globo. Na ocasião ele reforça que a transação ocorre de maneira regular e cita uma outra transação também de uma família paulista com valor similar: R$ 48 bilhões. Os R$ 48 bilhões triam sido repatriados e há uma polêmica sendo julgado em segredo pelo STF sobre a necessidade ou não do pagamento de ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis ou Doação de quaisquer Bens ou Direitos) no valor de R$ 2 bilhões. Tal notícia foi vinculada no dia anterior pela Folha de São Paulo alguns dias antes da notícia dos US$ 50 bilhões: dia 19 de outubro de 2020.

Tirar R$ 50 bilhões do país é uma operação incomum que impacta diretamente nas reservas internacionais do país. Outro efeito incomum foi que não houve nenhum impacto sobre o mercado financeiro nacional ou a bolsa de valores que permaneceu inalterada na sequência desse evento. Se por um acaso fosse uma grande fuga de capital a bolsa estaria em queda.

 A questão que isso levanta é: qual o interesse de uma mídia tão associado a interesses imperialistas dar destaque a uma questão como essa, já que a mesma de alguma maneira expõe parte da cloaca subterrânea da elite brasileira? E a resposta faz suscitar uma segunda hipótese, a de que, sendo uma operação arquitetada ou não, o destaque da imprensa que recebeu a saída dos US$ 50 bilhões pode estar associada a retomada de uma agenda de reformas neoliberais.

 A ideia é lançar que isso sinaliza o início de uma crise que mais uma vez só pode ser contida por mais privatizações, redução de direitos dos trabalhadores, a manutenção do teto dos gastos e cortes de despesas públicas. Essa hipótese se alinha ao fato de alguns dias depois o governo Bolsonaro lançar o Decreto 10.530, que previa o início da privatização das Unidades Básicas de Saúde (UBS). No Brasil hoje 90% do atendimento da atenção primária em saúde é realizada pelo setor público, sendo que os postos de UBS atende 80% dos problemas das pessoas que utilizam o serviço público de saúde.

Além das duas hipóteses anteriores existem outras possibilidades. Uma delas é que o envio do dinheiro está associado a tentativa de se burlar o valor do imposto em caso de herança, que é o que ocorreu no caso da repatriação dos US$ 48 bilhões. No caso deixa de se pagar o ITCMD e se paga apenas o IOF que é muito inferior. 

Outra possibilidade é a de que diante das constantes desvalorizações do Real alguém decidiu transferir o dinheiro para fora para depois trazê-lo de volta supervalorizado e comprar ativos a preço de banana no Brasil. Para se ter ideia o Real que chegou a valer R$1,90 em relação a 1 dólar em 2013 hoje já está próximo de R$ 6,00. Hoje Paulo Guedes propagandeia a possibilidade de em breve os brasileiros poderem realizar depósitos em dólar aqui no Brasil, algo que vai ao encontro da dolarização da nossa economia e fim da autonomia monetária do Brasil.

Existem pouco mais de uma dezena de empresas no Brasil que possuem um valor de mercado igual ou maior à R$ 50 bilhões. Diversos empresários brasileiros, como Jorge Paulo Lemann e Joseph Safra já operam financeiramente fora do Brasil, no caso ambos possuem residência na Suíça. Independente das hipóteses de trabalho apresentadas a questão a ser colocada diz respeito à força do poder financeiro e o quanto ela é contrária a luta pela emancipação dos trabalhadores.


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Governo Boric será de direita besuntado em um esquerdismo de fachada

No dia 11 o novo presidente do Chile tomou posse, após 4 anos de governo do direitista Sebastián Piñera. A imprensa internacional deu muito ...