sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

O Impeachment De Bolsonaro Como Consolidação Do Golpe Burguês


Nesses últimos dias podemos perceber, novamente, uma grande movimentação midiática denunciando a negligência do governo Bolsonaro quanto o gerenciamento da crise pandêmica, além de uma retomada ao apelo do impeachment do presidente nas redes sociais. Não é novidade para ninguém que, desde o início, o governo atual é fascista, genocida e entreguista, mas porque essa revolta, de aparência popular, surge e ressurge apenas em determinados momentos, sem nenhum forte caráter consolidado? E porque só agora aparece a tendência da Câmara considerar a abertura do processo de impeachment?

O cerne das respostas destas questões está no fato de que estas movimentações não são totalmente espontâneas por parte das massas, mas sim, conta com o poder de influência do aparato burguês (a grande mídia e os partidos de direita clássicos) para concluir a transição do governo atual a um modelo neoliberal mais brando e que, ao mesmo tempo, satisfaça a burguesia e consiga agradar minimamente a esquerda menos politizada.

Desde o impeachment de Dilma Roussef por conta das Pedaladas Fiscais (ato ínfimo perto do genocídio fascista atual), foram aplicadas diversas medidas jurídico-midiáticas mais incisivas com o intuito de, primeiramente, desmoralizar a esquerda, como a prisão de Lula e o grande esquema das Fake News no período eleitoral de 2018. Bolsonaro surge então não como um representante ideal dos interesses burgueses, mas como peça-chave para a comoção das massas e o embate ideológico da direita contra a esquerda. Já em seu mandato, Bolsonaro tem cortado ou limitado relações internacionais importantes de cunho comercial e comprado briga com setores da Câmara e da grande mídia, fatores que constituíram a atual polarização Extrema Direita X "Centrão" (a direita clássica junto à esquerda burguesa) e que configura a burguesia como a principal interessada no impeachment, visto que a esquerda ainda se encontra desmoralizada e neutralizada. 

Daí então surge o segundo passo do golpe: isolar Bolsonaro no Congresso e atacá-lo, via grande mídia, em pontos estratégicos, que não coincidam com a agenda burguesa (como o sucateamento das leis trabalhistas e falta de subsídios à classe trabalhadora em meio a crise). Dessa forma, a questão da pandemia é extremamente oportuna para insurgir os chamados "políticos-científicos", como Doria: os novos favoritos da burguesia para as próximas eleições, que ao se colocarem superficialmente acima da direita e da esquerda, e a favor da ciência e da saúde (também superficialmente), ganham apoio da direita liberal e da esquerda, munida de oportunismo eleitoreiro por parte de seus representantes políticos, e de desespero por parte da população.

Assim, detendo o monopólio midiático, a burguesia dá a tona das movimentações da classe média enquanto esta, sob sua clássica soberba intelectual, nega tal influência em vista de afirmar um suposto caráter revolucionário nos protestos de impeachment. Porém, a manipulação é nítida quando percebemos o teor despolitizante e anti-dialogante das manifestações. A disputa ideológica entre Direita X Esquerda foi deslocada para um âmbito moral, onde esta última, inflada pela vitória de Joe Biden (o Bem) sobre Trump (o Mal) e pelo desgaste de Bolsonaro (a ignorância) perante os representantes do "Centrão" (o "bom-senso"), se sente a vontade e no direito de adotar uma postura tão arrogante e intransigente quanto a Extrema-Direita. Trata-se do novo exército a serviço da burguesia para 2022, assim como os eleitores bolsonaristas foram em 2018. Tudo isso enquanto a Câmara faz sua parte e atua mais incisivamente, já que, caso o impeachment do presidente e do vice ocorra nos últimos dois anos do mandato, o substituto é escolhido pelo próprio Congresso, que já deve ir preparando o terreno, nesse período, para o candidato definitivo da burguesia nas eleições.

Devemos sempre estar atentos as movimentações da classe média pois, em geral, esta está inflada de oportunismo, despolitização e manipulação midiática. Temos como exemplo justamente esse surgimento e desaparecimento dos protestos de impeachment de Bolsonaro, sempre de acordo com o desejo de satisfação de algum interesse pontual da burguesia.


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Os tubarões da educação



Estamos servindo de comida barata dos tubarões da educação nesta pandemia, que vão forçar abrir as escolas com medo de quebrar. Eles nos levam pra cova antes de verem uma moeda saindo de seus bolsos.

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Chamada para a reunião de sexta-feira para o Comitê de Fernandópolis


A 5° Reunião Organizativa de 2021 do Comitê Fora Bolsonaro de Fernandópolis, que ocorrerá amanhã (Sexta Feira, 12/02), às 19hrs, será de extrema importância a participação de todos para a votação da data específica do início das panfletagens e também, com isso, das mobilizações práticas do Comitê. Todos estão convidados!

Fernandópolis, 11 de fevereiro de 2021.
Comitê Fora Bolsonaro de Fernandópolis

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Saiba quais são os interesses em jogo na abertura das escolas


Durante a pandemia, os veículos de comunicação da burguesia criaram uma falsa narrativa em que Bolsonaro era taxado como louco obscurantista em oposição aos governadores e prefeitos, membros da direita golpista, que apareciam como responsáveis e seguidores da ciência. Essa disputa é política, apesar de toda a propaganda buscar camuflar tal fato. 

A confusão política gerada pela maquiagem feita nos golpistas se amplia ainda mais por não haver denúncias da esquerda, que se transformou em plateia torcedora. Assim, tivemos no ano passado uma eleição sem comícios, sem atos e totalmente controlada com a vitória dos golpistas por efeito da manobra citada e sua manipulação do sistema eleitoral. Neste momento, a situação se modificou com a abertura das escolas em meio a crise do Covid-19: os professores e o sindicato, para defender suas vidas, precisam se chocar com Dória e desmascarar toda sua demagogia em favor da vida. 

Os professores e o seu sindicato, APEOESP, estão buscando fechar as escolas e voltar ao ensino remoto até que a vacinação seja efetivamente aplicada a população. A APEOESP está em campanha para alertar a todos sobre a impossibilidade de aplicar os protocolos no atual estágio de sucateamento do ensino, o que faz da vacina a única forma segura para um ambiente tão sujo e frequentado. Assim, estão mobilizando para uma greve e pressões na Justiça. Sendo que no dia 08 de fevereiro de 2021 há o indicativo de greve ou paralisação. 

Dória e o secretário da Educação estão empenhados em abrir as escolas em favor dos estabelecimentos privados, que estiveram atrelados ao sistema público nas deliberações sanitárias no ano passado, amargando um grande prejuízo. Assim, colocam em risco a vida dos profissionais da educação não por causa de um motivo pedagógico, o que é apresentado cinicamente, mas por pressões políticas e econômicas concretas. 

Dentro desta briga, a escola pode ser fechada ou aberta, tudo dependendo do tipo de pressão política. Se houver greve, por exemplo, não estranhe se aparecer um novo protocolo que exija o trabalho remoto dos professores. Uma jogada para quebrar a greve, uma forma de corrupção dos professores mais atrasados que já ocorre com a assinatura de ponto dos profissionais que furam a greve em escolas vazias. Essa sabotagem precisa ser vencida pelos professores como todas as outras realizadas, com pressão do sindicato e uma luta política contra os golpistas totalmente esclarecida, colocando Bolsodória no espectro político a qual pertence (extrema-direita).  

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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

É possível ocupar a FORD sem lutar contra o Golpe?

O regime político e econômico nacional está em crise profunda e o golpe de 2016 colocou ainda mais pressão em um estado de coisas instável e propenso a grandes convulsões. Hoje, com a saída da FORD do país, fica escancarado o processo de sucateamento e destruição industrial brasileiros.

A situação de crise coloca uma série de palavras de ordem como a ocupação de fábricas, a greve geral e a formação de piquetes. Apesar disto, os chamamentos aparentam estar deslocados da realidade dos trabalhadores, parecem palavras de comunistas retrógrados. Isso ocorre pelo fato de que as políticas não são apenas um conjunto de palavras soltas, não são como cartas em um jogo em que você pode surpreender seu adversário com algo poderoso e levar a rodada, elas são parte do desenvolvimento político de uma organização. 

Primeira lição política: toda movimentação efetiva está guiada pela política de uma organização e por esta organização. Assim, quando o povo sai as ruas é resultado de uma ampla campanha, muito bem orquestrada. Sem organização, sem movimentação efetiva. Isso ocorre pelo fato de a luta política ser central no controle da sociedade, sendo controlada pela elite, exceto em momentos de crise e revolução. Logo, é necessário que o esforço coletivo de uma organização que luta pelo poder consiga se desenvolver para termos uma ação política. Um simples ato isolado, como tentaram os terroristas anarquistas do século XIX, por maior que seja, não provoca nenhum tipo de mudança real pelo fato de não ser capaz de mobilizar as massas.    

Na FORD, todos os trabalhadores estão na posição mais cômoda para uma greve e ocupação, já que tem como certos o fim de seus empregos, mas não há nada realmente organizado para que do questionamento surja uma ação política. Por qual motivo isso ocorre? Não é pelo conformismo ou bolsonarismo dos trabalhadores, mas pela confusão geral criada entre os trabalhadores e pelas suas direções.

A FORD já vinha apontando que iria fechar suas fábricas no país desde o ano passado. Em 20 de fevereiro de 2019, o sindicato fez uma assembleia sobre o tema. Durante o período de impasse desde aquela última assembleia, apenas tratativas entre o sindicato e a empresa para resolver a situação. Com toda a movimentação política no país, o sindicato não adentrou na luta e todo movimento político que poderia ser vinculado ao setor e fazer com que a luta entre os trabalhadores ganhasse uma dimensão política foi posto de lado. 

Neste momento, os trabalhadores da FORD se sentem isolados em meio a crise e fica muito difícil criar um elo entre eles e o movimento político momentaneamente, mesmo que seja tão imprescindível. Assim, fica a lição para a classe operária que sem lutar contra o Golpe fica inviável ter qualquer tipo de mobilização.  

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terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

O imperialismo sempre foi o patrocinador do terrorismo jihadista: entrevista de Zbigniew Brzezinsk para o Le Nouvel Observateur.


Em janeiro de 1998 a revista francesa Le Nouvel Observateur publicou uma entrevista com o conselheiro de segurança nacional do governo de Jimmy Carter: o polonês, Zbigniew Brzezinsk, que foi um dos mais importantes teóricos anti-comunistas da história, sendo responsável direto por um conjunto de eventos importantes que levaram ao colapso da URSS e a formação do “Império do Caos”. Nessa entrevista, Brzezinsk fala com todas as letras algo que já é sabido por quase todos: que utilizou-se da estrutura militar e da inteligência dos EUA para a criação do jihadismo internacional com o propósito de servir os interesses imperialistas de desestabilizar e derrubar regimes políticos comunistas e nacionalistas. Isso derruba a tese difundida no ocidente de que islâmicos são naturalmente terroristas. Abaixo vai a entrevista traduzida para o português e publicada no Brasil em primeira mão pelo Farol Operário.


Nouvel Observateur: O ex-diretor da CIA, Robert Gates, declarou em suas memórias (From the Shadows), que os serviços de inteligência americanos iniciaram a ajuda aos mujahidin, no Afeganistão, 6 meses antes da intervenção soviética. Nesse período, você foi conselheiro de segurança nacional do presidente Jimmy Carter. Você, portanto, desempenhou um papel neste caso. Isso é correto?

Zbigniew Brzezinsk: Sim. De acordo com a versão oficial da história, a ajuda da CIA aos Mujahadeen começou em 1980, ou seja, depois que o exército soviético invadiu o Afeganistão, em 24 de dezembro de 1979. Mas a realidade, secretamente guardada até agora, é completamente diferente: de fato, foi em 3 de julho de 1979, quando o presidente Carter assinou a primeira diretriz de ajuda secreta aos oponentes do regime pró-soviético em Cabul. Nesse mesmo dia escrevi uma nota ao presidente na qual lhe explicava que, em minha opinião, essa ajuda iria induzir uma intervenção militar soviética.


Nouvel Observateur: Apesar do risco que existia, você foi defensor dessa ação secreta de Jimmy Carter. Você desejava esta entrada soviética na guerra e procurou provocá-la?

Zbigniew Brzezinsk: Não é bem isso. Não pressionamos os russos a intervir, mas conscientemente aumentamos a possibilidade de que o fizessem.


Nouvel Observateur: Quando os soviéticos justificaram sua intervenção militar afirmando que pretendiam lutar contra um envolvimento secreto dos Estados Unidos no Afeganistão, as pessoas não acreditaram. No entanto, havia uma base de verdade. Você não se arrepende de nada hoje?

Zbigniew Brzezinsk: Arrepender de quê? Essa operação secreta foi uma excelente ideia. Teve o efeito de atrair os soviéticos para a armadilha afegã e você quer que eu me arrependa? No dia em que os soviéticos cruzaram oficialmente a fronteira, escrevi ao presidente Carter: Agora temos a oportunidade de dar à URSS sua guerra do Vietnã. Na verdade, por quase 10 anos, Moscou teve que travar uma guerra insuportável pelo governo afegão, um conflito que trouxe a desmoralização e, finalmente, a dissolução do império soviético.


Nouvel Observateur: E você também não se arrepende de ter apoiado o fundamentalismo islâmico, de ter dado armas e conselhos a futuros terroristas?

Zbigniew Brzezinsk: O que é mais importante para a história do mundo? O Taleban ou o colapso do império soviético? Alguns muçulmanos agitados ou a libertação da Europa central e o fim da guerra fria?


Nouvel Observateur: Alguns muçulmanos agitados? Mas já foi dito e repetido pelos EUA que o fundamentalismo islâmico representa uma ameaça global, hoje.

Zbigniew Brzezinsk: Bobagem! Também foi dito que as nações ocidentais tinham uma política global em relação ao Islã. Isso é estupidez: não existe um islã global. Olhe para o Islã de maneira racional, sem demagogia ou emoção. O islã é a religião líder do mundo, com 1,5 bilhão de seguidores. Mas o que há em comum entre o fundamentalismo da Arábia Saudita, a monarquia moderada do Marrocos, o militarismo do Paquistão, o Egito pró-ocidente ou o secularismo da Ásia Central? Não há nenhuma diferença daquilo que une os países cristãos ocidentais...

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segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Agenda editorial Internacional do Farol Operário para 2021



A cada ano que passa as coisas tem se tornado cada vez mais intensas do ponto de vista das políticas internacionais. Acontecimentos que no passado levavam anos ou décadas, agora ocorrem em questão de semanas, dias ou até mesmo horas. Guerras, terrorismo, conflitos armados, doenças em nível global, crises políticas e crises econômicas pautam a nossa existência cotidiana de guerra de sobrevivência. 

Concepções dualistas como bem e mal, socialistas e capitalistas, OTAN e Pacto de Varsóvia, brancos e pretos do jogo de xadrez, entre outras, são insuficientes para explicar a realidade complexa onde nos encontramos hoje.  Com o assassinato do mártir iraniano Qasem Soleimani, o anúncio do The Great Reset, a pandemia de COVID-19 e um conjunto de outros acontecimentos importantes, 2020 superou todas as expectativas de pessimismo baseadas em acontecimentos dos anos que o antecederam. Nesse sentido, cabe destacar os grandes temas que deverão receber destaque e ser objeto de análises no ano de 2021.


Estados Unidos

Após um ano extremamente conturbado e uma eleição com diversos indícios que levam a suspeita de fraude, a nação que serve como sede principal do imperialismo será foco das análises de política internacional do Farol Operário. Sede principal porque também temos outras sedes importantes do imperialismo como Reino Unido, Israel e Suíça. Assume Joe Biden ao lado de Kamala Harris, ambos pertencentes a ala dos imperialistas humanitários. Ele, velho conhecido senador e vice-presidente que teve um papel fundamental na promoção de guerras e golpes de Estado. Ela, representante de corporações situadas principalmente no Vale do Silício como Apple, Microsoft, Amazon, E-bay, Facebook, Twitter e Google deverá dar ainda mais poderes autoritários, de controle e de censura para as empresas californianas do Big Tech.


Sistema financeiro 

 A economia dos EUA precisa de US$ 3 trilhões de recursos externos ao ano que são conseguidos de diversas formas com o uso da máquina de expropriação e sabotagem imperialista. O suposto escândalo dos "panamás papers" no ano de 2016 não passou de uma jogada do imperialismo para sacar US$ 3 trilhões que aristocratas ingleses sediados na "city" londrina tinham depositado nas Ilhas Cayman. Em 2015 os sistema financeiro realizaram manipulações cambiais com o Rublo e expropriou US$ 200 bilhões da Rússia. Nesse mesmo ano também se apropriou por vias cambiais de US$ 100 bilhões da China e US$ 200 bilhões do Quirguistão e da Hungria. O BitCoin foi um projeto de inteligência criado pela NSA dos EUA e que hoje representa um marco importante na grande crise que se aproxima onde discute-se sobre o fim dos petrodólares e substituição por sistema de criptomoedas. Hoje tem cada vez mais poderes os megabancos estadunidenses e europeus, como: Black Rock, Vanguard, State Street e Allianz.


Donald Trump

Enquanto representante político de direita de uma agenda industrialista, anti-globalista, nacionalista, protecionista, isolacionista e conservadora em costumes familiares-religiosos, deverá continuar sua atuação política de denúncia aos instrumentos imperialista e o aparato de guerra que promoveu a fraude eleitoral. Depois de inúmeras traições dentro do Partido Republicano, existe a possibilidade de sair desse partido e fundar o seu próprio partido de inspiração Jacksoniana (Andrew Jackson, 7º Presidente dos EUA que lutou contra os instrumentos de domínio financeiro do Império Britânico). Esse partido deve se chamar algo do tipo "Partido Patriota".


Vladimir Putin

As estruturas do Deep State não permitiram uma reunião entre Putin e Trump. Putin foi uma resposta política à crise russa de 1998 dada por três grupos importantes russos: a família de Boris Yeltsin, as forças de segurança e os oligárquicas. Com o tempo ele ganhou protagonismo e se tornou a principal figura da Rússia e um dos principais atores políticos do mundo. 


Guerra Civil nos EUA

A guerra civil dentro dos EUA se acentua. Existem movimentos separatistas importantes nos estados República da California (Caliexit) e República do Texas (Texit). As contradições de natureza de luta de classes existentes devido ao aprofundamento da situação de miséria da classe média e classe trabalhadora, a recessão econômica e desemprego de aproximadamente 61 milhões de pessoas, fez surgir uma massa de pessoas eleitoras de Trump, armados, em sua maioria brancos e cristãos. Essa massa de, no mínimo, 70 milhões de pessoas, são a quem Hillary Clinton chama de deploráveis. OS EUA encontra-se a beira de uma guerra civil que pode levar a um fenômeno similar ao promovido pela perestroika na URSS em 1991 ou mesmo a balcanização da Iugoslávia em 1992. 


Antifa e Black Lives Matter

Movimentos como o Black Lives Matter e Antifa, financiados por grandes corporações que se dizem preocupadas com minorias e pelo organismo de financiamento de George Soros, Open Society, devem continuar destruindo o que resta de nação estadunidense desde dentro. A destruição de monumentos sob a acusação de que eram de escravistas, confederados ou descobridores europeus, se assemelha muito ao que se presenciou com o colapso da URSS quando se derrubavam estátuas de Karl Marx e Vladimir Ilyich Lenin, principalmente em países como Polônia e Ucrânia. Não por coincidência, tanto Polônia como Ucrânia possuem hoje regimes políticos de inspiração fascista. O que se quer nos EUA com isso é apagar qualquer memória cultural e histórica que permita um valor de unidade nacional.


Deep State (Estado Profundo)

Partido Republicano e Partido Democrata aparentam ter uma agenda externa em comum baseada na guerra permanente. Esses dois países parecem formar um único partido que é o Partido da Guerra. A estrutura do Deep State baseia-se em um modelo transacional que defende os interesses imperialistas e é constituído por universidades, políticos, empresas, agências de inteligência, mídias, redes sociais, burocracia estatal e outras estruturas. 


Fim do modelo econômico financeiro-liberal

A economia estadunidense e a economia mundial está a beira de uma profunda crise. Os EUA tem hoje algo em torno de 61 milhões de desempregados e a dívida mundial é de US$ 4 quatrilhões, sendo que os maiores devedores são o governo dos EUA, empresas dos EUA e o governo da China. Esse valor cria uma verdadeira insolvência. A proposta de The Great Reset do Fórum Econômico Mundial parece ser uma tentativa desesperada de superar o colapso econômico total que se aproxima. 


Projetos globais

Os projetos globais vão além de simples dualidades. Trata-se de um modelo de análise geopolítica que não pensa o domínio do mar e da terra, como abordagens tradicionais fazem, e sim domínio do tempo a partir de projetos conceituais de poder. Os 6 projetos globais são: 1) Nova Babilônia – Nova York, Wall Street, banqueiros, financistas; 2) Nova Jerusalém – Londres, Império Britânico, Coroa Britânica, família Rothschild, cabalistas; 3) Grande Europa – Vaticano, antigas ordens e velha aristocracia europeia; 4) Grande Eurásia – Moscou, Terceira Roma; 5) Novo Califado Vermelho – Istambul 6) Datung – Pequim. Para se ter um projeto global são necessárias três características: possuir um sonho de governança nacional de longo prazo, ter um sistema econômico independente e um sistema de inteligência com alcance mundial. 


Guerras híbridas

Guerras que acontecem de forma não convencional e muitas vezes sem o uso de aparato militar. Esse tipo de guerra utiliza revoluções coloridas, redes sociais, meios de comunicação, organizações terroristas, incêndios, derrubada de aviões civis, golpes de estado, sanções econômicas, entre outras formas. Os lugares preferenciais para a realização de guerra híbrida pelo Deep State deverão ser Venezuela, Irã, Síria, Líbano e a periferia da Rússia (Quirguistão, Chechênia, Daguestão, Bielorrússia, Crimeia, Azerbaijão e Armênia).


Venezuela

Desponta como a nação mais importante de toda a América Latina pelo enfrentamento ao imperialismo. A Venezuela, que já conta com apoio militar russo e chinês no combate contra as ofensivas imperialistas pelo seu ouro e petróleo, pode exercer papel fundamental nos projetos chineses de nova rota da seda ou da rota do chá e dos cavalos. A Venezuela possui boas relações com países que a China precisa realizar alianças e pode atuar como um importante interlocutor. O país é cobiçado pelo imperialismo como rota preferencial de transporte de drogas da América Latina para a República Dominicana e de lá para Miami e Nova York. Estrategicamente cabe uma conciliação entre Venezuela e Colômbia baseada em valores para que esses dois países passam a fazer frente ao imperialismo estadunidense. A Venezuela possui muitos recursos naturais e uma importante posição geográfica, além de ter potencial de liderar a luta anti-imperialista dos países da América Latina. 


Regiões econômicas 

Com o fim da globalização, um dos projetos é o de constituição de regiões econômicas por todo o mundo. A dívida mundial é de US$ 4 quatrilhões e não há forma de pagá-la. A alavancagem financeira dos bancos europeus é de 28 para 1. 114 dos 500 bancos da Itália estão em quebra. O FED tem US$ 56 bilhões de reservas em efetivo e uma dívida de US$ 21 trilhões. Guerra é uma das formas de resolução desse grande problema; a outra é a desmontagem dos países e a criação de regiões econômicas. As regiões mais prováveis e que tem sido discutidas são: 1) EUA, Canadá, estados do norte do México, Austrália e Nova Zelândia; 2) América Latina; 3) Europa, com centralidade no eixo Paris-Berlim, 4) Rússia Ocidental, Turquia, Irã, Balcãs, os países da Ásia Central de origem turco-soviéticas; 5) Rússia Oriental, Coreias e Japão; 6) China; 7) Índia; 8) Império inglês e países árabes.


Crime organizado e narcotráfico

O que mais se aproxima do terrorismo jihadista no mundo são as organizações criminosas da América Latina, cujo mais importante negócio são as drogas. A produção de cocaína foi algo que se desenvolveu no Chile como um negócio da família de Augusto Pinochet. Desde então a Colômbia e depois o México passaram a exercer um papel fundamental. Assim como o jihadismo internacional, as organizações criminosas foram criadas por agências de inteligência estadunidenses situadas em Washington, a partir de uma relação umbilical com Wall Street e o complexo industrial militar. Qualquer ação interna para a luta contra as drogas é completamente inválida, já que os inimigos ficam em Washington. O uso das drogas como instrumento para dominação imperialista não é algo novo. O Império Português associava a escravidão africana à produção de aguardente, tornando os escravos dependentes do consumo de álcool e completamente passivos à rebelião e a luta por liberdade. O Império Britânico utilizou o ópio em uma operação clandestina para vencer duas guerras contra a China na medida em que formava uma massa de chineses dependentes dessa droga produzida no Afeganistão. Não à toa que o Hong Kong Shangai Bank (HSBC), o banco da Companhia Britânica das Índias Orientais, também recebe o nome de banco do ópio. A droga exerce um papel fundamental na economia mundial. Whacovia Bank e City Bank lavavam aproximadamente US$ 350 bilhões de narcotraficantes mexicanos. Estima-se que seu negócio move aproximadamente US$ 1 trilhão por ano para bancos e o mercado financeiro. Figuras como Pablo Escobar e Chapo Guzman são menos que coadjuvantes no jogo do qual a droga é o lubrificante mundial.

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Governo Boric será de direita besuntado em um esquerdismo de fachada

No dia 11 o novo presidente do Chile tomou posse, após 4 anos de governo do direitista Sebastián Piñera. A imprensa internacional deu muito ...