terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Saiba quais são os interesses em jogo na abertura das escolas


Durante a pandemia, os veículos de comunicação da burguesia criaram uma falsa narrativa em que Bolsonaro era taxado como louco obscurantista em oposição aos governadores e prefeitos, membros da direita golpista, que apareciam como responsáveis e seguidores da ciência. Essa disputa é política, apesar de toda a propaganda buscar camuflar tal fato. 

A confusão política gerada pela maquiagem feita nos golpistas se amplia ainda mais por não haver denúncias da esquerda, que se transformou em plateia torcedora. Assim, tivemos no ano passado uma eleição sem comícios, sem atos e totalmente controlada com a vitória dos golpistas por efeito da manobra citada e sua manipulação do sistema eleitoral. Neste momento, a situação se modificou com a abertura das escolas em meio a crise do Covid-19: os professores e o sindicato, para defender suas vidas, precisam se chocar com Dória e desmascarar toda sua demagogia em favor da vida. 

Os professores e o seu sindicato, APEOESP, estão buscando fechar as escolas e voltar ao ensino remoto até que a vacinação seja efetivamente aplicada a população. A APEOESP está em campanha para alertar a todos sobre a impossibilidade de aplicar os protocolos no atual estágio de sucateamento do ensino, o que faz da vacina a única forma segura para um ambiente tão sujo e frequentado. Assim, estão mobilizando para uma greve e pressões na Justiça. Sendo que no dia 08 de fevereiro de 2021 há o indicativo de greve ou paralisação. 

Dória e o secretário da Educação estão empenhados em abrir as escolas em favor dos estabelecimentos privados, que estiveram atrelados ao sistema público nas deliberações sanitárias no ano passado, amargando um grande prejuízo. Assim, colocam em risco a vida dos profissionais da educação não por causa de um motivo pedagógico, o que é apresentado cinicamente, mas por pressões políticas e econômicas concretas. 

Dentro desta briga, a escola pode ser fechada ou aberta, tudo dependendo do tipo de pressão política. Se houver greve, por exemplo, não estranhe se aparecer um novo protocolo que exija o trabalho remoto dos professores. Uma jogada para quebrar a greve, uma forma de corrupção dos professores mais atrasados que já ocorre com a assinatura de ponto dos profissionais que furam a greve em escolas vazias. Essa sabotagem precisa ser vencida pelos professores como todas as outras realizadas, com pressão do sindicato e uma luta política contra os golpistas totalmente esclarecida, colocando Bolsodória no espectro político a qual pertence (extrema-direita).  

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