quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Materiais apreendidos de Comitê de Chiarelli mostram a face antidemocrática do Judiciário


Lula é perseguido e difamado pelos meios de comunicação e por pessoas confusas, que espalham todo tipo de afirmações preconceituosas e rasteiras. Já fizeram mascotes com o líder operário em trajes de preso e até mesmo colocaram bonecos dele (pixuleco) enjaulado. Onde está a defesa da honra de Lula em tudo isso? Onde está o direito de resposta legítimo que teria em rede nacional para expor toda a mentirosa campanha? Não há direito de resposta, não há honra de Lula e demais perseguidos políticos no país. 

A Justiça decide quem deve ser censurado e multado, colocando os poderosos e golpistas em um lugar inalcançável para qualquer crítica e polêmica. Isso ocorre por que não existe liberdade em nosso país, o que dá margem para que o Estado possa censurar legalmente os desamparados. Quem perde com isso não são apenas os atacados, mas todo o povo que se vê obrigado a abaixar a cabeça e se colocar em silêncio. Logo, a luta da esquerda deve se guiar pelo princípio marxista da liberdade, não por um princípio moral.

Em Ribeirão Preto, o segundo consolidado nas pesquisas é Chiarelli, que busca polemizar com os tucanos e demais adversários. Ao fazer isso, desfere diversos ataques, o que já lhe rendeu processos e multas.  Os métodos de Chiarelli podem ser bizarros e estranhos aos setores mais ilustrados da população, assim como é aos marxistas. Apesar disto, a liberdade de Chiarelli deve ser inalienável, ele deve ter o direito de se expressar da forma que desejar, sem constrangimentos e multas. Fazemos este alerta por uma questão política essencial, a defesa da liberdade e da soberania do voto popular. Não é uma luta particular em defesa de Chiarelli, é uma luta geral contra a tirania que fazemos. 

O motivo de atuarmos assim é pela forma como já somos perseguidos pela luta travada em prol da Revolução e do Socialismo, não aceitamos nenhum intermediário entre nossa voz e o povo. Tudo o que aceitamos para nós, colocamos como direito para todos, independentemente do viés ideológico. Assim, é estranho ao marxismo o ataque tirânico de nossos inimigos e uma defesa singular de determinada figura como Lula, pois os direitos não são dados aos nossos amigos e companheiros e sim a todos. Dito de outra forma: um marxista não precisa de motivos para se opor as perseguições. 

Mais um ataque aos direitos de Chiarelli, agora levam seu material de campanha 

Na manhã de quinta-feira, 05 de novembro de 2020, a Polícia Federal foi ao Comitê Eleitoral de Chiarelli para pegar material de campanha contra o prefeito Duarte Nogueira (PSDB). Tal ação foi realizada por haver mensagens contra Nogueira, deixando claro ao povo o perigo de se atacar um poderoso. É notório que se houvessem provocações e insultos a Lula, jamais teria sofrido qualquer tipo de sanção. 

Chiarelli, que não é poderoso, é alvo da imprensa burguesa: colocam as fotos mais esdrúxulas nas matérias em que aparece, além de mentirem sobre sua candidatura, que até ser impugnada pela Justiça em todo o processo legal, ainda se encontra na disputa. A manobra é clara, induzir as pessoas a abandonarem a campanha de Chiarelli. Para fazer isso e evitar o esfacelamento do PSDB, agora tomam o material de Chiarelli.

Não vamos aqui fazer qualquer tipo de reforço a censura, pois somos a esquerda operária, aquela que luta pela libertação do povo. Assim, denunciamos o ataque que o direitista passa, uma ofensiva bárbara que, caso estejamos em silêncio, normalizará todo tipo de arbitrariedade contra os pobres e explorados. Lembrando sempre que somos a favor do esclarecimento e do debate mais amplo possível, sem multas e sem censuras. 


O B.O de Cris Bezerra (MDB) reforça o clima ditatorial da eleição municipal de 2020


A candidata do MDB entrou em polêmica com Chiarelli durante o debate do dia 04 de novembro, recebendo uma série de ofensas. Após terminar o debate, fez Boletim de Ocorrência (B.O) para criminalizar o que foi dito por Chiarelli, o que vai reforçar o nível de perseguição a ele e, em seguida, a todos. 

Os políticos e figuras públicas devem ser alvo de todo tipo de crítica, caso contrário estaremos em uma ditadura. E as ditaduras são assim: você critica Lula, fala que Chiarelli é maluco e nada acontece até que se mete com um poderoso que te esmaga. 

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URGENTE: tarefa pós-eleições nos EUA

As eleições nos EUA acabaram, mas ainda não foi definido o candidato vencedor: mesmo com a apuração dando a vitória para Biden, a polarização continuará e o conflito será judicializado. Após a resolução do conflito, naturalmente, a burguesia do país definirá o "real" vencedor as eleições, e a tendência é o arrefecimento das manifestações e da polarização.

A tarefa dos movimentos populares é clara: continuar nas ruas permanentemente, até que a virtual situação revolucionária do país se transforme, de fato, em revolução. A repressão estatal será intensa a partir do momento em que os manifestantes não forem mais úteis a nenhum setor da burguesia. É nesse momento que o povo norte-americano deverá ter mais tenacidade para continuar nas ruas, e impor suas pautas pela força da mobilização.


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A Frente Ampla e a Luta do "Bem Contra o Mal"


Não é de hoje que nosso jornal, bem como parte da mídia de esquerda, vem denunciando a política da Frente Ampla como uma neutralizadora da prática anti-golpista, já que se trata de um movimento realizado por parte dos próprios partidos apoiadores do golpe (a direita burguesa) para recuperarem seu prestígio e enfraquecer os "extremos" (Bolsonaro e Lula). Estes, que usaram do golpe, aliados à extrema direita, para afastar a esquerda lulista do poder, agora usam de um mecanismo quase inverso, se aliando à uma parcela da esquerda, que subordina suas ações aos interesses da burguesia em troca de apoio mútuo nas eleições e manutenção de seus privilégios.

Podemos perceber seus efeitos na sensação de conformismo e anestesia que paira sobre o povo que, ou apoia o atual governo, ou transfere a responsabilidade de luta à estes governantes, cujo compromisso se resume à movimentos eleitoreiros e embates legislativos (quando não estão publicando memes em outdoors).

O intuito da Frente Ampla é bem sucedido em servir à burguesia, ao transformar o povo em mero expectador de sua própria sorte. Não a toa, com o amadurecimento desta política, presenciamos a diluição das greves dos petroleiros, dos Correios, bem como a desmobilização de outros setores trabalhistas, como os Servidores Públicos e os bancários. Porém, o pior, sem dúvidas, é a inércia que toma conta da população e seus representantes frente às mais de 150 mil mortes por conta da pandemia de COVID-19 ao assistir, de mãos atadas, nosso presidente dar de ombros para qualquer medida séria de combate ou prevenção à doença.

E é frente à esse clima apaziguante, bem calhado com as eleições municipais, que a mídia começa a dar as cartas: bastou João Santana, antigo marqueteiro petista, sugerir em sua entrevista no Roda Viva uma aliança Ciro e Lula (este de Vice) como uma das únicas situações possíveis para vencer Bolsonaro em 2022, que começou surgir matérias supostamente confirmando uma reunião "de paz" entre os dois, o que fora posteriormente negado por Lula. A repercussão demonstra não só o acerto no âmbito eleitoreiro de João Santana, mas também que este é um dos cenários de interesse para a burguesia: um candidato mais "moderado" com relação ao atual, mais centrista e com certa popularidade, não só entre a direita como também entre a esquerda, principalmente pela possibilidade do apoio de fachada de Lula (este que ficaria bem neutralizado pela figura de Ciro). Outra situação seria um concorrente explicitamente direitista, porém "menos extremo", como Sérgio Moro ou Henrique Mandetta, que, no caso, também obteria o lamentável apoio esquerdista por ser o "menos pior".

Ou seja, no fim, o que se configura é a moldagem de um candidato que consiga representar o "bem", o equilíbrio, a democracia, contra o "mal" representado por Bolsonaro, assim como foi nos EUA com Biden X Trump. O periódico golpista Época já denuncia a importação da manobra ao anunciar que o Brasil "precisa de um Joe Biden". A grande mídia brasileira e os partidos da Frente Ampla parecem coadunar com tal proposta ao apedrejar Trump e comemorar aos berros a vitória do Imperialista Democrata. Ambos já vêm ensaiando seus passos combinados para a grande epopeia de 2022.

Estas eleições municipais já deram a tona de quem realmente está no comando: sob a tutela da reforma eleitoral e do controle sobre o judiciário, a burguesia cassou diversas candidaturas e permitiu que seus candidatos dominassem o horário eleitoral como nunca; a grande mídia inundou as pesquisas com dados questionáveis e catapultou os candidatos de sua preferência, como os representantes da direita tradicional  e os da esquerda "inofensiva" ou "antipopular", como Guilherme Boulos e Manuela D´Ávila, consequentemente isolando a ameaça petista.

Com as cartas da burguesia postas à mesa, só resta à esquerda usar seus meios de mídia para propagar informações e unir forças a fim de que estas se resultem em movimentações populares de rua, ou seja, perigos reais aos golpistas! 


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Saem R$ 50 bilhões do Brasil: o que isso pode representar?



Uma única família de São Paulo enviou legalmente R$ 50 bilhões para fora do Brasil. O que isso pode representar? Muitas coisas e ainda esse evento apresenta relação direta com a luta política e a luta dos trabalhadores. A começar pelo fato de R$ 50 bilhões representar uma quantidade extraordinariamente grande recursos financeiros e só o fato de esse valor pertencer a uma única família brasileira já deveria por servir como razão de indignação e revolta. R$ 50 bilhões equivale a aproximadamente US$ 10 bilhões de dólares. 

Para se ter dimensão do que representa esse valor a fortuna pessoal de um dos empresários mais ricos do mundo, o sul-coreano Lee Kun-hee que faleceu no dia 25 de outubro de 2020, era de US$ 21 bilhões. Aquele que é considerado o brasileiro mais rico, Joseph Safra, possui uma fortuna pessoal de US$ 23 bilhões. Isso faz suscitar algumas questões, como de onde vem e para onde foi esse dinheiro? Não há informações detalhadas, já que os meios de comunicação se quer disseram quem é essa família. Mas essa questão faz levantar algumas hipóteses.

A primeira delas e talvez a menos provável é a de que a economia brasileira está para colapsar e o real sofrerá uma desvalorização absurda nos próximos meses. Essa possibilidade vem ao encontro dos indícios que temos de um grande colapso econômico mundial. As principais economias mundiais encontram-se em profunda recessão e o desemprego nos Estados Unidos atingi 61 milhões de pessoas, segundo o relatório do Standard Chartered Bank. Diante dessa recessão global o Brasil tem apresentado constante alta dos preços de produtos básicos, aumento do desemprego e recessão econômica. Assim uma primeira interpretação simplista pode considerar a possibilidade dessa suposta família de São Paulo ter enviado seu dinheiro para um local de aplicação mais segura por ser muito rica que tem informações privilegiadas sobre o futuro da economia brasileira.

Porém uma análise um pouco mais desconfiada faz levantar outra hipótese. A questão fundamental a ser colocada é: como essa notícia veio a público? A resposta quase que inesperada nos aponta que foi através da mídia hegemônica, golpista e imperialista brasileira. Os dois meio de comunicação que fizeram as primeiras divulgação sobre a saída dos US$ 50 bilhões foram as nada confiáveis organizações Globo e Folha de São Paulo. 

Tudo começou com a notícia em tom de denúncia feita pelo jornalista Lauro Jardim para o jornal O Globo. Na ocasião ele reforça que a transação ocorre de maneira regular e cita uma outra transação também de uma família paulista com valor similar: R$ 48 bilhões. Os R$ 48 bilhões triam sido repatriados e há uma polêmica sendo julgado em segredo pelo STF sobre a necessidade ou não do pagamento de ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis ou Doação de quaisquer Bens ou Direitos) no valor de R$ 2 bilhões. Tal notícia foi vinculada no dia anterior pela Folha de São Paulo alguns dias antes da notícia dos US$ 50 bilhões: dia 19 de outubro de 2020.

Tirar R$ 50 bilhões do país é uma operação incomum que impacta diretamente nas reservas internacionais do país. Outro efeito incomum foi que não houve nenhum impacto sobre o mercado financeiro nacional ou a bolsa de valores que permaneceu inalterada na sequência desse evento. Se por um acaso fosse uma grande fuga de capital a bolsa estaria em queda.

 A questão que isso levanta é: qual o interesse de uma mídia tão associado a interesses imperialistas dar destaque a uma questão como essa, já que a mesma de alguma maneira expõe parte da cloaca subterrânea da elite brasileira? E a resposta faz suscitar uma segunda hipótese, a de que, sendo uma operação arquitetada ou não, o destaque da imprensa que recebeu a saída dos US$ 50 bilhões pode estar associada a retomada de uma agenda de reformas neoliberais.

 A ideia é lançar que isso sinaliza o início de uma crise que mais uma vez só pode ser contida por mais privatizações, redução de direitos dos trabalhadores, a manutenção do teto dos gastos e cortes de despesas públicas. Essa hipótese se alinha ao fato de alguns dias depois o governo Bolsonaro lançar o Decreto 10.530, que previa o início da privatização das Unidades Básicas de Saúde (UBS). No Brasil hoje 90% do atendimento da atenção primária em saúde é realizada pelo setor público, sendo que os postos de UBS atende 80% dos problemas das pessoas que utilizam o serviço público de saúde.

Além das duas hipóteses anteriores existem outras possibilidades. Uma delas é que o envio do dinheiro está associado a tentativa de se burlar o valor do imposto em caso de herança, que é o que ocorreu no caso da repatriação dos US$ 48 bilhões. No caso deixa de se pagar o ITCMD e se paga apenas o IOF que é muito inferior. 

Outra possibilidade é a de que diante das constantes desvalorizações do Real alguém decidiu transferir o dinheiro para fora para depois trazê-lo de volta supervalorizado e comprar ativos a preço de banana no Brasil. Para se ter ideia o Real que chegou a valer R$1,90 em relação a 1 dólar em 2013 hoje já está próximo de R$ 6,00. Hoje Paulo Guedes propagandeia a possibilidade de em breve os brasileiros poderem realizar depósitos em dólar aqui no Brasil, algo que vai ao encontro da dolarização da nossa economia e fim da autonomia monetária do Brasil.

Existem pouco mais de uma dezena de empresas no Brasil que possuem um valor de mercado igual ou maior à R$ 50 bilhões. Diversos empresários brasileiros, como Jorge Paulo Lemann e Joseph Safra já operam financeiramente fora do Brasil, no caso ambos possuem residência na Suíça. Independente das hipóteses de trabalho apresentadas a questão a ser colocada diz respeito à força do poder financeiro e o quanto ela é contrária a luta pela emancipação dos trabalhadores.


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Nossas críticas sobre a ingerência judicial ficarão sem resposta autoritária?


O jornal Farol Operário está fazendo a cobertura do processo eleitoral de 2020 com uma análise marxista apurada, mostrando o que realmente está ocorrendo no regime político: esfacelamento da direita golpista. Desde o golpe de Estado, a direita tradicional encontra-se com dificuldades para assumir o poder, tendo que abrir espaço para o MDB por meio de Temer e para um carreirista como Bolsonaro. 

As eleições municipais expressam a crise do regime, na qual a esquerda decidiu não se apresentar com uma política própria e ficar a reboque dos golpistas por meio da estratégia do #Fique em Casa. Logo, podemos notar o total apagamento do Partido dos Trabalhadores (PT) no pleito municipal e uma falsa polarização entre bolsonaristas e golpistas. É assim em São Paulo com Covas e Russomano, também é no Rio de Janeiro com Crivella e Paes e em Ribeirão Preto com Chiarelli e Nogueira. 

O golpe colocou o país em uma situação econômica grave com uma miséria assustadora, o que impede um retorno triunfal dos golpistas por meio do processo eleitoral. Assim, estes buscam controlar o processo para que possam consolidar o golpe, fazendo uso dos monopólios de comunicação e da Justiça para manobrar a eleição. Crivella e Chiarelli estão com “problemas” judiciais com suas campanhas, mas ainda assim estão participando Sub Judice, ou seja, fazem parte da eleição podendo ter suas candidaturas invalidadas pela Justiça a qualquer momento. Esta manobra, que é uma ingerência judicial que retira a soberania do voto popular, é amplamente denunciada por este canal de informação. Não aceitamos nada além dos votos no processo político, alertando que estamos em um golpe de Estado que persegue todos os seus inimigos independentemente do espectro político. 

Cabe aqui a pergunta: perante tantas denúncias e perseguição, o que nos espera? Nossas críticas sobre a ingerência judicial ficarão sem resposta autoritária? Não sabemos do futuro, mas afirmamos que não nos calarão. Em fase de um ataque, ampliaremos nossas denúncias e aumentaremos a nossa luta política. Não negociamos nossos direitos políticos, não aceitaremos nenhuma multa, censura ou perseguição ao jornal e a nossa candidatura. 


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sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Suely cabo eleitoral de Nogueira em 2016 não é alternativa política (VOTO NULO)

Durante a eleição em 2016, as prisões e perseguições políticas (Operação Sevandija) foram responsáveis por criar um vácuo político responsável pela vitória tucana. Assim, mesmo que a população não gostasse do PSDB, a falta de luta contra a corrupção da esquerda, que se adaptou as perseguições feitas em nome da “Justiça”, levou Duarte Nogueira para a cadeira de prefeito. Chiarelli, um tradicional política da direita, o único capaz de rivalizar com Nogueira (PSDB) foi preso em 2016 por falar que Darcy Vera era corrupta e neste ano teve 8 pedidos de impugnação de sua candidatura que só foi deferida no antepenúltimo dia do pleito eleitoral. 

No ano de 2020, Nogueira estava desgastado por ter enfrentado a maior greve, com forte conscientização e luta política, na qual havia sido feito a luta pelo impeachment do tucano. Além disso, uma série de escândalos com a merenda, ambulâncias e comércio gerou uma onda de protestos coxinhas que quase levaram o povo a agredi-lo. O ano não estava fácil para Duarte Nogueira até o final do 1° turno, mas agora tudo já se normalizou com um segundo turno realizado com Suely Vilela, ex-secretária da Educação de seu governo e cabo eleitoral em 2016. 

Sem Chiarelli no segundo turno, Duarte Nogueira (PSDB) pode ficar tranquilo para enfrentar uma eleição despolarizada e fácil de se consagrar. Este resultado não foi fácil de se chegar, foram necessários muitos ataques contra Chiarelli com a Justiça praticamente deixando-o marginalizado na disputa, além de pesquisas realizadas depois de se haver divulgado o indeferimento de sua candidatura. Por fim, a aparição de dois cabos eleitorais de Suely na TV THATHI para comentar a pesquisa eleitoral favorável a ela, a peça de indução da burguesia para leva-la ao segundo turno, foi comentado por Rafael e Ricardo Silva. Com toda esta manipulação, os votos de direita e contra os tucanos foram manobrados pela tática do voto útil, que derreteu a oposição de Chiarelli. 



Todas estas manobras foram favoráveis ao rejuvenescimento democrático que a derrota de Suely trará ao mandato de Nogueira (PSDB). Não sejamos ingênuos, Ricardo Silva saiu da eleição e foi responsável por eleger Nogueira, não vai ser uma jogada política vinda de um desistente que irá mudar a política local. A única coisa a pensar é que a participação da Suely é um tapa-buraco do adversário que se absteve da disputa e deixou Nogueira mais perto de ganhar a reeleição. O resto é ilusão, uma perigosa ilusão para renovar Nogueira. Suely foi cabo eleitoral de Nogueira em 2016, para ela: “Nogueira é o amigo de Ribeirão Preto” (Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=DZf_rS7yKwY&t=2s) 


Voto Nulo denunciará a falta de apoio ao pleito e mostrará quão ilegítima é a administração de Nogueira. (Voto Nulo é a única forma de não votar no Nogueira ou na ex-secretária de Nogueira)


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Fator Bolsonaro, a Falácia de Russomano, e o fim do Choque com a Pandemia

No início de agosto, boa parcela dos brasileiros se solidarizavam com os mais de 100 mil mortos vítimas do Covid-19. Hoje, mais de dois meses depois, com uma maior abertura comercial e com a volta às aulas em algumas regiões, ultrapassamos os 150 mil mortos (1/3 só nesse período; 50% das mortes pré abertura), e, ainda assim, a comoção popular não chega nem perto do que outrora foi.

Aproveitando de seu poder influenciador com base nas Fake News, o Bolsonarismo acaba tendo um diálogo com a população maior do que qualquer outra linha ideológica racional. Muito se deve, também, pela desmobilização da esquerda, o que permitiu a vitória da retórica do colapso econômico, por parte da extrema direita. Com isso, perante a reabertura de países que viveram o "lockdown", junto a aproximação do período eleitoral, percebe-se uma absorvição cada vez maior da população e da grande mídia de uma postura negacionista ou de negligência frente à pandemia.

Essa normalização e o controle midiático são estratégicos para Bolsonaro nas eleições, pois superficialmente o transparece como um governante exemplar, seja no viés econômico, defendendo desde sempre o seu protagonismo frente à quarentena; na questão da saúde, endeusando a cloroquina como solução para a doença; como também na questão social, com o auxílio emergencial (o qual sabemos que na verdade o presidente fora contra os valores atuais, de início). Reflexo disso é a iminente vitória bolsonarista na grande maioria das cidades.

Claro sinal do predomínio das falácias dos aliados de Bolsonaro é a última fala de Celso Russomano, candidato à prefeito de São Paulo, sugerindo que os moradores de ruas, quanto à Covid-19, "sejam mais resistentes do que a gente, porque eles convivem o tempo todo nas ruas, não tem como tomar banho todos os dias", o que acaba sintetizando toda a política bolsonarista de combate à pandemia: através de Fake News tendenciosas que direcionam o povo à negligenciar a quarentena, método cientificamente eficaz, em detrimento de uma forma simplista de combate ao vírus. Mais do que isso ainda, no caso, com um teor classista, pois ao considerar os supostos poucos casos de coronavírus advindo de moradores de ruas, simplesmente desconsidera a precarização do acesso à saúde dessa população, bem como a falta de informações sobre a nova doença para que possam procurar ajuda, caso ocorra suspeita através dos sintomas.

Verifica-se, pois, como em vários setores da política, a ideologia Bolsonarista, na área científica e da saúde, se sustenta por meio de falácias, que por servir aos seus interesses, o travestem de pautas populares, e assim, sem qualquer rivalidade à altura, vai consolidando suas raízes no cenário político nacional. Quem paga o alto preço é a própria população.


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Governo Boric será de direita besuntado em um esquerdismo de fachada

No dia 11 o novo presidente do Chile tomou posse, após 4 anos de governo do direitista Sebastián Piñera. A imprensa internacional deu muito ...