quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Nossas críticas sobre a ingerência judicial ficarão sem resposta autoritária?


O jornal Farol Operário está fazendo a cobertura do processo eleitoral de 2020 com uma análise marxista apurada, mostrando o que realmente está ocorrendo no regime político: esfacelamento da direita golpista. Desde o golpe de Estado, a direita tradicional encontra-se com dificuldades para assumir o poder, tendo que abrir espaço para o MDB por meio de Temer e para um carreirista como Bolsonaro. 

As eleições municipais expressam a crise do regime, na qual a esquerda decidiu não se apresentar com uma política própria e ficar a reboque dos golpistas por meio da estratégia do #Fique em Casa. Logo, podemos notar o total apagamento do Partido dos Trabalhadores (PT) no pleito municipal e uma falsa polarização entre bolsonaristas e golpistas. É assim em São Paulo com Covas e Russomano, também é no Rio de Janeiro com Crivella e Paes e em Ribeirão Preto com Chiarelli e Nogueira. 

O golpe colocou o país em uma situação econômica grave com uma miséria assustadora, o que impede um retorno triunfal dos golpistas por meio do processo eleitoral. Assim, estes buscam controlar o processo para que possam consolidar o golpe, fazendo uso dos monopólios de comunicação e da Justiça para manobrar a eleição. Crivella e Chiarelli estão com “problemas” judiciais com suas campanhas, mas ainda assim estão participando Sub Judice, ou seja, fazem parte da eleição podendo ter suas candidaturas invalidadas pela Justiça a qualquer momento. Esta manobra, que é uma ingerência judicial que retira a soberania do voto popular, é amplamente denunciada por este canal de informação. Não aceitamos nada além dos votos no processo político, alertando que estamos em um golpe de Estado que persegue todos os seus inimigos independentemente do espectro político. 

Cabe aqui a pergunta: perante tantas denúncias e perseguição, o que nos espera? Nossas críticas sobre a ingerência judicial ficarão sem resposta autoritária? Não sabemos do futuro, mas afirmamos que não nos calarão. Em fase de um ataque, ampliaremos nossas denúncias e aumentaremos a nossa luta política. Não negociamos nossos direitos políticos, não aceitaremos nenhuma multa, censura ou perseguição ao jornal e a nossa candidatura. 


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