quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Editorial 09/11/2020 A vitória do Imperialismo na disputa eleitoral dos EUA

A análise política da grande imprensa sobre a vitória de Biden busca jogar um ar de esperança para todos os progressistas, tudo isso em um conturbado pleito realizado majoritariamente pelos correios e sem nenhum tipo de controle efetivo. A manobra da burguesia é feita através da ira popular para quebrar todo tipo de contestação e legitimar a votação por correios, por isso quando Trump fazia um discurso contestando a validade do processo eleitoral e denunciando a fraude, foi silenciado pelos monopólios de comunicação que fizeram questão de colocá-lo como conspiracionista doido. 

Biden e Trump devem ser vistos por um viés marxista, ou seja, através dos grupos políticos da elite que representam. Assim, as formas de observar não podem estar ligadas a julgamentos morais como Trump é mal e Biden é progressista, pois na defesa dos interesses de classe que fazem podem tomar ações bárbaras como apoiar a Guerra do Iraque (Biden) ou propor negociação para evitar uma crise nuclear com a Coreia do Norte (Trump). 

Trump é um magnata industrial dos EUA, sua fortuna foi construída por meio da construção civil, o setor mais afetado pela crise de 2008. Assim, utilizou-se da fragilidade gerada pela crise para se lançar como candidato autônomo e vencer a eleição de 2016. Empossado, fez um governo de crise, passando pela tentativa de um processo de Impeachment. 

Biden é um antigo parlamentar democrata com uma ficha de crueldades que daria inveja a qualquer aspirante a malfeitor, estando diretamente ligado a destruição da Iugoslávia, Líbia, Afeganistão, Síria e Iraque. Também esteve involucrado nos golpes de Estado no Brasil e Ucrânia. Biden é um representante do Imperialismo, do setor financeiro e monopolista dos EUA, que conseguiu a façanha de unir vários setores republicanos em torno de sua campanha. Não só é um senhor da guerra e serviçal dos bancos, mas também é um dos presidentes mais fortes por ter conseguido juntar tantas alas ao seu lado. 

O moralismo esquerdista sem um viés de classe, sem uma análise aprofundada dos acontecimentos, agora infla Biden para o seu mandato. A mídia burguesa já o coloca como o presidente mais votado dos EUA, dá destaque aos carnavais de rua feitos para sua vitória e coloca o povo em um transe inebriante. Eis aí um perigo para a humanidade, um senhor da guerra com tanta legitimidade.  


   


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