
A falta de uma imprensa operária nacional coloca o país em falsas polêmicas, não colocando realmente as questões políticas centrais. Assim ocorre com os últimos atos realizados pela extrema-direita em favor da ditadura militar. O povo é levado a pensar de modo abstrato, considerando que o que está acontecendo é apenas uma reunião de saudosistas do sanguinário Regime Militar. Logo, a imagem que a imprensa burguesa cria deles é de um grupamento de louco, que em plena pandemia estão dispostos a arriscar a vida apenas para mostrar sua preferência política.
A imprensa operária, como é o caso do Farol Operário, está aqui para esclarecer. Não são loucos, não são meia-dúzia, não são nacionalistas. O que ocorre não é uma questão de classificação política, é uma manobra das forças mais obscuras em conluio com o imperialismo para criar um ambiente propício para, caso seja necessário, aplicar ao país uma disciplina fiscal que apenas uma rígida ditadura poderá sustentar.
A manobra dos intervencionistas é fraca, pois está sem apoio dos monopólios de comunicação. Isso não significa que seja um grupo sem poder político, sem possibilidades reais de efetuar sua política. Ao contrário, a cada vez que estes grupos saem às ruas sem nenhum tipo de reação da esquerda, ampliam mais o seu poder e começar a consolidar a via da Intervenção Militar. O imobilismo da esquerda é o grande cúmplice de toda ascensão dos intervencionistas. Eles não vão ser parados pela Justiça, pelo aparato repressivo, pelo Coronavírus ou por manobras parlamentares. Isso deve ficar claro a todos, pois é a grande farsa que a imprensa golpista está alimentando para deixar a esquerda ainda mais paralisada.
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