quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Eleições nos EUA (10): Golpe, fraude e aprofundamento da Guerra Civil


A intensidade de acontecimentos em torno das eleições dos EUA provam que está muito incerto o que vem pela frente. Trump foi o primeiro Presidente dos EUA nos últimos 30 anos a não iniciar uma guerra declarada contra uma nação estrangeira. Diante das movimentações há fortes indícios do aprofundamento da guerra civil nos EUA.

São diversas as evidências de que houve fraldes nas eleições e, portanto, um golpe do Deep State contra Donald Trump. Os indícios em torno do uso do supercomputador Hammer com o aplicativo Scorecard para realizar ingerência à transferência de dados tornam-se cada vez mais contundentes. O sistema de contagem de votos usado por mais de 30 estados, o Dominion, apresenta diversos problemas de segurança e em diversos estados-chave - Wisconsin, Michigan, Pensilvânia, Geórgia, Nevada e Arizona - aconteceram “inexplicáveis” oscilações de votos na madrugada do dia 04 de novembro de 2020 que garantiram a vitória de Joe Biden.

Pelo currículo das pessoas que compõem a equipe de transição de Biden, observa-se que em seu governo haverá uma forte influência do complexo industrial militar. Diversos assessores de Biden e futuros membros do governos são funcionários ou sócios das principais empresas de armas do mundo ou são membros de institutos ou "think tanks" que defendem investidas militares imperialistas no exterior. O próprio Biden, como vice-presidente dos EUA (2009-2016) e presidente da comissão de relações exteriores do Senado dos EUA (2001 – 2007), viabilizou um conjunto de guerras, mostrando ser um experiente defensor dos interesses do Império. Irã e Venezuela deverão ser os dois principais focos de guerras imperialistas nos próximos 4 anos.

Donald Trump nunca foi um representante nato do Partido Republicano, ainda que tenha contado com o apoio de importantes nomes do partido, como Mike Pence e Rudy Giuliani. Após o conturbado e impopular governo de George W. Bush (2001 – 2008), os republicanos perderam muita credibilidade política no país e Trump despontou como um candidato “independente”. Porém a oposição do Deep State contra Trump foi tamanha que até mesmo a FOX News e o New York Post, mídias que em certa medida o apoiavam, passaram a realizar críticas. Os últimos quatro anos foram marcados por tentativas de golpe e até insinuações sobre a necessidade de se assassinar Trump.

Inúmeras foram as traições de membros do Partido Republicano contra Trump. A família Bush e Colin Powell, por exemplo, fizeram campanha em favor de Joe Biden. Além disso 130 influentes membros do Partido Republicano assinaram uma carta pública de oposição a Trump e de apoio a Biden. Até mesmo Mitch McConnell, o líder do Partido Republicano no Senado, tem realizado ferrenha oposição ao Presidente Trump em seus últimos dias de governo.

A grande mídia dos EUA - como New York Times, NBC, CNN, Washington Post -  junto com as empresas da Big Tech - como Facebook, Google, Amazon, eBay, Microsoft - ajudou a constituir uma caricatura de Trump como a reencarnação de todos os males, além de impedir a divulgação de qualquer analise alternativa que questionasse a legitimidade das eleições dos EUA. 

Porém as coisas não são tão simples como os representantes do Deep State e do complexo militar gostariam e os EUA vivem uma ebulição que pode culminar em uma guerra civil. Como dito anteriormente, Trump nunca foi um presidente do Partido Republicano, mas sim o representante de uma massa de pessoas que se encontram em situações cada dia pior de pobreza e miserabilidade dentro dos EUA devido as consequências do imperialismo no próprio país. Trump obteve oficialmente mais de 71 milhões de votos, o que demonstra um verdadeiro movimento de massas em torno de sua figura. Essas pessoas que apoiam Trump são tratadas pelos representantes do imperialismo como “os deploráveis”.

A depender do que venha a acontecer nos próximos anos esses mesmos "deploráveis" podem ser um elemento fundamental para o aprofundamento da guerra civil. O envolvimento em guerras estrangeiras em lugares distantes, onde quem irá lutar e morrer como soldados são esses mesmos "deploráveis", pode ser um elemento fundamental para a insatisfação e revolta popular. Outro fato importante é que a economia dos EUA e mundial está a cada dia mais próxima de um grande colapso que pode surtir efeitos ainda mais devastadores do que o Crack da Bolsa de Nova York em 1929. Vale lembrar que os EUA possui hoje aproximadamente 50 milhões de desempregados, sendo que a economia do país encontra-se em uma forte recessão. Tal quadro torna-se cada vez mais favorável a uma guerra civil. A depender da capacidade de interpretação da esquerda sobre esse quadro e condução política, poderia acontecer uma revolução.


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