terça-feira, 16 de junho de 2020

O Estado e o judiciário não têm poder por si só

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Recentemente foi presa Sara Winter, liderança de uma milícia armada que fazia acampamento em Brasília, em apoio ao fascista Bolsonaro, até ser removida pela polícia. 

Uma grande parcela da esquerda comemora sua prisão e acredita que o Estado fará valer a ordem constitucional, a força das leis. Isso é um erro. O Estado é burguês, é controlado pela burguesia, pela classe dominante, e atuará conforme for conveniente a essa classe.

A violência estatal contra organizações de direita, por si só, pode significar um conflito entre diferentes setores da burguesia, a dedetização dos grupos mais virulentos, em prol de uma centralização, entre outras coisas. Mas nunca poderá significar a garantia de uma ordem democrática: toda a ação do Estado burguês é em prol de uma organização para reprimir o verdadeiro inimigo de seus donos: o povo.

A violência estatal contra organizações de esquerda, por outro lado, significa a repressão ao povo. Defender leis, inclusive, mais repressivas, com a esperança de que venham a ser usadas contra os direitistas, é um tiro no pé: essas leis serão usadas contra nós.

O Estado burguês se constituiu ao longo dos séculos como tal. Desde os primórdios, o direito é um instrumento da burguesia, do mesmo jeito que foi um instrumento de outras classes dominantes em outros momentos da história. Precisamos tomá-lo das mãos da burguesia por meio da revolução, e constituir um ordenamento jurídico operário.

Foto: Rádio Corredor

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