terça-feira, 2 de junho de 2020

4ª confrontação de atos entre antifascistas e bolsonaristas aumenta polarização do país


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A pandemia do Covid-19 desmobilizou toda a esquerda e seus aparatos institucionais, assim sindicatos e partidos entraram em quarentena, deixando o povo a própria sorte. Isso foi notado pelos direitistas, que vendo o vácuo político, saíram as ruas para iniciar uma manobra para ampliar o golpe e transformar o atual regime em uma Ditadura Militar. Com isso, os intervencionistas conseguiram levar adiante sua política, aproveitando-se do descontentamento da população e da repressão árdua dos governadores. Assim, utilizando de demagogia e dinheiro dos comerciantes mais afoitos, fizeram atos e começaram a organizar até mesmo grupos paramilitares como os “300 dos Brasil”. 



O crescimento dos fascistas foi assustador durante esta crise sanitária, mas chegou ao fim com o enfrentamento realizado pela torcida organizada do Corinthians na Avenida Paulista, em Porto Alegre e Brasília, por antifascistas, no dia 10 de maio. Os primeiros atos de resistência real contra uma ditadura militar não tiveram confronto, em São Paulo os fascistas fugiram e em Porto Alegre e Brasília estavam escoltados pela Polícia Militar, cão-de-guarda dos fascistas. 


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Foto da primeira manifestação na Av. Paulsita.



De 11 de maio até o dia 31 de maio, foram realizados todos os domingos atos antifascistas por torcidas organizadas. O último ato, de 31 de maio foi o mais expressivo, contando com milhares de torcedores de vários times participando na Av. Paulista. Na Paulista, a imensa maioria dos manifestantes tornou a relação de força desfavorável para o grupelho fascista, houve alguns conflitos entre ambos os lados, com os intervencionistas tendo que correr para a proteção da Polícia Militar, que utilizou todo o aparato repressivo para atacar os antifascistas. 



Em Belo Horizonte e em Porto Alegre também houve atos de confrontação, mostrando que o movimento está ganhando cada vez mais força. Apesar da combatividade dos participantes, os atos nessas cidades foram tranquilos. No Rio de Janeiro, a situação foi muito parecida com São Paulo em que a PM atacou os manifestantes antifascistas. 



Os atos realizados mostraram um grande impulso popular para uma luta consequente contra os fascistas e intervencionistas, tais atos tiraram a esquerda do imobilismo e fizeram a correlação de forças mudar. Apesar disso, é necessário ter em mente algumas coisas: os atos não contaram com a participação dos partidos políticos da esquerda, exceto o Partido da Causa Operária (PCO). Os partidos têm uma possibilidade de organização muito maior do que as torcidas organizadas, entretanto estiveram atolados em uma política equivocada de paralisia ( #FiqueemcCasa ). Apesar disso, a incorporação dos partidos de esquerda será um grande passo para o movimento, que tende a crescer muito caso não seja levado para a Frente Ampla. 



Cabe aqui fazer algumas colocações: a Frente Ampla é apenas uma articulação da direita com apoio da esquerda para atacar Bolsonaro e levar o golpe a uma substituição sem traumas. Por causa disso, é a política mais alardeada por todos os setores monopolistas da imprensa burguesa. O caráter amplo que ela busca ter não é mera coincidência, mas uma forma de incorporar setores da direita que não estão diretamente ligados a Bolsonaro. Neste sentido, tudo que não adquire um caráter bem acabado, como é o caso do termo Antifascistas, deve ser atentamente observado. A burguesia busca novos embrulhos para o seu lixo político, felizmente as torcidas organizadas são mais conscientes da importância dos partidos e das organizações populares, o que os torna menos suscetíveis a manipulação. Entretanto, todo o cuidado é pouco. 



Ao que tudo indica, a polarização tomou conta das ruas no país. As confrontações só aumentaram os atos da esquerda, mostrando que o caminho não é a conciliação, mas o enfrentamento dos fascistas nas ruas.  



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