
O fim da guerra fria contra a URSS foi comemorado pela direita como o "fim da história", o fim da opressão, a prova de que o comunismo não deu certo.
Contudo, desde o fim da URSS, vários países atrasados, com governos nacionalistas, perderam a proteção e o apoio do bloco soviético.
Desde então, o imperialismo norte-americano promoveu vários golpes de Estado, guerras civis e invasões, por todo o globo, agindo como dono do mundo, grande colonizador e ladrão dos recursos de todos os países.
Alguns países com governos progressistas, marxistas ou nacionalistas, sobreviveram até agora por terem uma política de autodefesa muito avançada. São exemplos: Cuba, Síria, Coreia do Norte e Venezuela (esta última que, quase mensalmente, é alvo de atentados contra seu governo).
Outros países não tiveram tanta sorte, seja por suas políticas internas falhas, seja pela força dos ataques imperialistas, seja por outros motivos: Iraque, em 2003; Afeganistão, em 2001; Honduras, em 2009; Tailândia, em 2014; Paraguai, 2012; Líbia,2011; Ucrânia, 2014, dentre muitos outros.
O Brasil, desde que o PT chegou ao poder, sofre com a ameaça de um golpe, que foi se agravando até a derrubada da presidenta Dilma em 2016. O golpe, contudo, não deixou de se agravar: as eleições de 2018 foram fraudadas pela prisão de Lula, candidato com maior intenção de votos na época, e único candidato de esquerda com reais chances de vencer. A Operação Lava-Jato, responsável por sua prisão, está repleta de ilegalidades e fraudes, inclusive o conluio do juiz Moro com a acusação.
A última notícia envolvendo os crimes da operação deixam claro que o golpe de Estado como um todo foi um ataque imperialista proveniente dos EUA contra o Brasil, pouco diferente da invasão do Iraque: a "cooperação" de agentes do FBI com a Lava-Jato foi denunciada pelo Intercept Brasil.
Essa estratégia imperialista é recorrente: o Brasil está destruído, dividido em várias facções na política, com uma esquerda fraca e incapaz de assumir posição. Também estão destruídos a Síria, a Líbia, o Iraque, Honduras, etc: os EUA não se contentam com a instalação de um governo fantoche, preferem causar o desmembramento de seus alvos. O objetivo final é transformar o Brasil em um país totalmente agrário, monoculturista, sem indústria, sem classe operária; também pretendem roubar a Amazônia para destruí-la e minerar seus recursos, e exterminar a população para que ela não se oponha.
A burguesia nacional é incapaz de se opor à burguesia imperialista e os únicos países que tiveram algum sucesso em resistir aos ataques que sofreram foram os que recorreram à força da classe trabalhadora. A intervenção imperialista só tem um inimigo sério, que lhe representa ameaça: a classe operária, o povo unido e organizado com sua política! A organização dos movimentos populares e da revolta popular é imprescindível, é nossa única oportunidade de resistir ao império. Façamos comitês, jornais de denúncias contra as manobras da burguesia e do imperialismo e um partido revolucionário!
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