quinta-feira, 2 de julho de 2020

A reposta contra a violência fascista é política: Criar Comitês de defesa

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Os trabalhadores sempre são vítimas de violência dentro do regime capitalista, grande parte dela vinda inclusive do Estado. Assim, não é de se estranhar que um policial militar seja insultado por um morador de um bairro nobre de São Paulo sem que nenhum tipo de ação seja tomada contra esta atitude. A violência Estado é parcial, setorizada e classista. 

No interior de São Paulo, na cidade de Nuporanga, a presidenta municipal do Partido dos Trabalhadores teve sua casa atacada com bombas caseiras na madrugada entre domingo e segunda-feira (28 e 29 de junho de 2020). No vídeo apresentado pela deputada estadual Bebel (PT), é possível ver que um homem encapuzado, após fazer o ataque, entra em uma viatura da Polícia Militar. Aqui, mais uma vez fica explícita a perseguição que os partidos de esquerda e as organizações operárias sofrem pela máquina de repressão estatal. 

O Estado é uma ditadura da classe dominante, não só no capitalismo, mas em todos os estágios econômicos em que o desenvolvimento material é precário e faz a sociedade se dividir em classes. Desta forma, não haverá Justiça imparcial enquanto houver classes sociais e ter a ilusão de que os oprimidos justamente aqueles aos quais a repressão está organizada para atacar, serão defendidos pelos aparatos institucionais é um equívoco. As cadeias estão cheias de negros por causa desta perseguição e continuarão assim até que todo o sistema capitalista seja superado. 

Os trabalhadores mais conscientes se organizam, fazendo com que a violência que recebem seja reduzida por meio do combate coletivo. Assim, dentro da tradição marxista, existem os comitês de auto-defesa. O que é necessário fazer agora é a conscientização de todas as organizações para que a resposta seja política e não judicial. A defesa dos trabalhadores só pode ser feita com estes unidos em um comitê, isolados são alvo fácil para mais ataques fascistas.

Aqui o chamado é para uma mobilização efetiva e rápida, pois com a aproximação do período eleitoral, o nível de ataques as organizações de esquerda aumentará, colocando a necessidade da proteção de todos os militantes nesta disputa em 2020. 

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