Joe Biden e Kamala Harris são representantes da ala mais virulenta e belicosa do imperialismo norte-americano: Obama, que também pertencia à essa ala (e cujo vice-presidente foi o próprio Biden), travou, no mínimo, sete guerras pelo mundo. No caso, 7 países foram bombardeados durante o governo Obama: Líbia, Iêmen, Afeganistão, Paquistão, Iraque, Somália e Síria. Essa ala do imperialismo não hesita em fazer uso da violência e de métodos dos mais sujos para atingir seus objetivos: sob o governo Obama, o processo de golpe contra Dilma foi iniciado, e foram realizados diversos outros golpes pela América Latina e pelo mundo.
Trump, por outro lado, é representante de uma ala mais isolacionista dos EUA: não está interessado num desenvolvimento mútuo das economias mundiais, nem na preservação do meio-ambiente, nem nos direitos dos trabalhadores norte-americanos. As diferenças entre Trump e Biden, nesse sentido, são mínimas. O que aquele perde em identitarismo, este perde em belicismo: Trump, durante seu governo, não iniciou nenhuma guerra, apesar das enormes pressões que sofreu por parte da ala principal do imperialismo.
As pauta dessa ala principal é a destruição de seus inimigos, não apenas a dominação. Não estão interessados em criar um governo colaboracionista e entreguista nos países que invadem. Estão unicamente interessados no aniquilamento desses países, vide Iraque, Síria, e o Brasil, que sofreu uma destruição pela via da infiltração política, cuja ordem de magnitude é maior do que parece: a miséria, a fome, Bolsonaro e o genocídio da população por COVID são frutos dessa intervenção.
Atualmente, esta ala principal pauta a invasão do Irã e, de maior interesse para nós, da Venezuela. Não vão invadir a Venezuela diretamente, claro: vão aproveitar o conflito para dizimar mais ainda seus fantoches, Brasil e Colômbia, arrastando-os para uma guerra com o objetivo de derrubar Maduro. Os três países envolvidos num conflito desses serão, invariavelmente, destruídos: grande parte da população morrerá no conflito, a economia será destruída e, mais importante, não será possível nenhum tipo de vitória rápida, já que a Venezuela é capaz de se defender, mesmo que por meio de guerrilhas, e Brasil e Colômbia são incapazes de levar a cabo uma ocupação completa do país, do ponto de vista militar.
Trump é um espantalho usado para validar a agenda de Biden: é retratado como o fascista virulento, grande inimigo da humanidade, que precisa ser removido do poder. Contudo, apesar de essas afirmações terem um pouco de verdade, Biden é pior. Não nos deixemos enganar por uma pauta progressista cosmética de sua campanha: o imperialismo deve ser combatido, custe o que custar, e nenhum candidato do Império é digno de nenhum apoio ou admiração do povo oprimido das colônias: a tarefa deste é a luta por sua libertação e pela destruição do Império!
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