sexta-feira, 1 de maio de 2020

1º de maio: a luta dos trabalhadores deve continuar


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Foto: Comemoração do Dia Internacional do Trabalhador em Atenas, Grécia (2020).

O 1º de maio é uma data histórica para a classe trabalhadora. Desde seu início, foi um dia de luta. Com início na Austrália, em 1856, os trabalhadores pararam suas atividades naquele país e exigiram a jornada de trabalho de 8h diárias dos seus patrões, pois naquela época era obrigado a trabalhar cerca de 16h a 12h. Esse acontecimento repercutiu em todo o mundo. Em 1886, nos EUA, os trabalhadores organizaram no 1º de maio uma das maiores greves gerais do mundo, paralisando 5 mil fábricas, em um total de 240 mil trabalhadores em greve. Parte dos patrões aceitaram a proposta, outra parte, por exemplo, da cidade de Chicago não aceitaram, levando o conflito estender-se até o dia 4 de maio. A polícia, como em toda história, reprimiu violentamente o movimento: assassinou dezenas e prendeu milhares de trabalhadores que exigiam seus direitos básicos, o de 8 horas de trabalho, 8 horas de descanso e 8 horas de estudo.



Em decorrência desses acontecimentos, a II Internacional Socialista, no Congresso de Bruxelas, em 1891, declarou que o 1º de maio seria o dia Internacional dos Trabalhadores, momento em que "haverá demonstração única para os trabalhadores de todos os países, com caráter de afirmação de luta de classes e de reivindicação das oito horas de trabalho".

Nesses termos, o 1º de maio não é uma data festiva celebrada entre patrões e operários como a imprensa e a direita costuma suavizar. É um dia em que os trabalhadores reafirmam sua luta classista contra a burguesia, por melhores condições de trabalho para toda a população e pela revolução socialista.



É preciso, num momento de crise sanitária mundial causada pelo coronavírus, organizar a classe trabalhadora para reivindicar medidas concretas dos municípios, governos estaduais e o governo federal. Estamos chegando hoje na marca dos 6.384 mortes pelo COVID-19. Está faltando tudo, leitos, ventiladores mecânicos, medidas de isolamento efetivo - não esse valor miserável de R$ 600,00 dado pelo governo federal -, médicos, equipamentos de proteção aos agentes de saúde, medidas que impeçam as demissões, falta de testes gratuitos (as pesquisas apontam que o número de contaminados pode ser de até 15 vezes mais).




Diante desse quadro, verifica-se que a população está jogada à deriva pelo governo da direita golpista. Esse modelo de gestão pelos golpistas mostrou-se fracassado por essa crise e a população inocente está perdendo suas vidas.




Como em todo o mundo, quem está mostrando o caminho para lutar contra esses governos neoliberais e amantes dos bancos é a própria classe trabalhadora organizada. É preciso organizar o movimento de luta e ir para as ruas. Não se pode comprar a tese da direita de ficar em casa e morrer de fome ou de coronavírus. O movimento dos trabalhadores de Portugal, Grécia, Áustria, Paquistão está mostrando o caminho de luta. É preciso organizar a luta pelo Fora Bolsonaro e pedir por Eleições Gerais já!




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