quinta-feira, 9 de abril de 2020

Venezuela.

A situação na Venezuela é crítica. Desde a eleição de Hugo Chavez, em 1998, o imperialismo tem feito de tudo para derrubá-lo, chegando a conseguir tal feito, mesmo que por um breve período, por meio de um golpe de Estado em 2002. Não é nova, portanto, o assédio ao governo venezuelano.
Os embargos econômicos são, por si só, uma política genocida, que impedem ao acesso a produtos mais básicos como comida, remédios, entre outros. Numa situação como a atual, em meio à crise do COVID-19, o embargo é mais gravoso ainda, por o país corre mais risco de perder o controle da epidemia.
Contudo, apesar dessa crise, o imperialismo não relaxou sua política de embargos: há denúncias de uma preparação para a invasão do país, no caso, da organização da frota norte-americana no mar do caribe. O imperialismo parece aproveitar a crise como uma oportunidade para tentar, novamente, derrubar o regime venezuelano, pois, ao mesmo tempo que o governo é enfraquecido pela epidemia, todos os outros países da América Latina estão impondo uma política cada vez mais autoritária, sob o pretexto de isolamento e quarentena, o que inviabilizaria ou, pelo menos, dificultaria extremamente os protestos por parte do povo desses países, contra a guerra.
A supressão das contradições e a crise são uma grande oportunidade para o imperialismo, e o povo venezuelano e a esquerda mundial podem e devem defender o país.
A Venezuela não é uma ditadura, mas mesmo a pior das ditaduras não é justificativa para a invasão e o genocídio imperialistas. O povo da Venezuela passa fome e necessidades, mas essa crise não é tão grave quanto a imprensa burguesa procura mostrar, e a culpa não é do regime: é do embargo genocida perpetrado pelo imperialismo. O único crime de Chavez, Maduro e do povo venezuelano foi buscar a própria soberania, foi buscar não ser mais um fantoche nas mãos dos grandes monopólios mundiais. Portanto, tal soberania deve ser defendida

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