quarta-feira, 22 de abril de 2020

Lenin: aniversário de 150 anos


Há 150 anos nascia, em 22 de abril de 1870, o maior dirigente revolucionário que o mundo já conheceu.
É dito como aquele que organizou na história da luta da classe operária o ensaio revolucionário mais acabado.
Como sempre, a imprensa burguesa refere-se a ele como "ditador" e "assassino" do mesmo modo com que fazem hoje com os líderes de estados nacionalistas de esquerda e anti-imperialistas. Campanha anticomunista vil para iludir a população.
Lenin foi tido como o líder da Revolução Russa à frente do Partido Bolchevique pela sua firmeza política na denúncia aos oportunistas traidores da classe operária que apareciam na II Internacional e no Partido Operário Social Democrata Russo. Jamais abriu mão de seus princípios, portanto, manteve-se fiel ao marxismo revolucionário.
Por essa conduta constante e incorruptível no marxismo, organizou a classe operária e os camponeses russos no partido bolchevique que fez a revolução em 1917 na Rússia estabelecendo o governo operário soviético.
Por Lenin, a história testemunhou a construção do partido revolucionário da classe operária que abriu caminho à concepção de um método incontornável para a tomada do poder político pelos trabalhadores e o estabelecimento do socialismo.
Sem dúvida nenhuma, hoje é um dia especial para a luta da classe trabalhadora.

"Podemos (e devemos) empreender a construção do socialismo não com um material humano fantástico, nem especialmente criado por nós, mas com o que nos foi deixado de herança pelo capitalismo. Não é necessário dizer que isso é muito "difícil"; mas, qualquer outro modo de abordar o problema é tão pouco sério que não deve nem ser mencionado" (Em: "Os revolucionários devem atuar nos sindicatos revolucionários?", LENIN).

segunda-feira, 20 de abril de 2020

Editorial 14/04/2020 - A defesa da liberdade em tempos de pandemia

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Os ideólogos da esquerda pequeno-burguesa compraram sem maiores reflexões a ideia da burguesia de ficar em casa para combater a pandemia. Em primeiro lugar, há que se referendar a compreensão científica de que o isolamento "em abstrato", em uma sociedade em que seja possível esse isolamento, a tendência é a redução dos casos de contaminação entre as pessoas. No entanto, no Brasil as pessoas necessitam trabalhar para não perder seus empregos, precisam pegar condução (em número reduzido, que favorece a contaminação), o benefício emergencial de R$ 600,00 não é suficiente para sobreviver no mês, enfim, a necessidade impõe aos trabalhadores uma realidade diferente de ficar em casa. Para que se defenda essa política, é necessário que não haja demissões e que os trabalhadores recebam, no mínimo, R$ 3.000,00. É importante lembrar que foram liberados pelo Estado 90 bilhões de reais para o auxílio emergencial e 1,3 trilhões de reais para os bancos.

Basta a direita golpista (governador Dória, Caiado, Dória) mandar ficar em casa que a esquerda home-office abraça a ideia e começa fazer propaganda a favor dessa medida. Enquanto isso, os bancos recebem do Estado 1,3 trilhões de reais e os trabalhadores que estão colocando sua vida em risco encontram um sistema de saúde entrando em colapso por falta de leitos e ventiladores mecânicos. O resultado disso é claro: a população que precisa trabalhar irá se contaminar e, por falta de tratamento adequado, morrerá.

Ainda, a esquerda, para se opor aos fasci-bolsonaristas, acionam a justiça para barrar a liberdade de manifestação em apoio ao presidente e à abertura do comércio. Fazem isso porque a esquerda está cativa na ideologia da direita de ficar em casa.
Indo contra a liberdade de manifestação, a liberdade de ir e vir, é importante perguntar a essa esquerda do povo o que ela irá fazer quando todas os hospitais entrarem em colapso por falta de leitos?

Se a única forma real da população evitar maiores mortes é pela manifestação, organizando o povo nas ruas, nos sindicatos e nas organizações populares para exigir a expropriação dos bancos e o aumento do valor do auxílio para que efetivamente as pessoas fiquem em casa, por que a esquerda age, aliás, se omite na direção contrária ao movimento e à liberdade, defendendo a omissão política e a ditadura?

A esquerda se uniu com a direita para defender a ditadura, o toque de recolher, a censura contra manifestações para que o povo não possa mais reivindicar o básico para sua própria sobrevivência. Para essa esquerda, tudo se resume em ficar em casa e "combater" e "lutar" contra o coronavírus.
É preciso se organizar para lutar. A direita golpista do Dória, Witzel e Caiado não difere do Bolsonaro, todos esses políticos não querem saber da população trabalhadora, no fim, eles defendem os bancos e querem que o povo morra sem leitos, sem testes e sem dinheiro. As organizações de trabalhadores, partidos, sindicatos e movimentos populares precisam discutir essa pauta e organizar em torno das palavras de ordem contra essa direita golpista, pelo Fora Bolsonaro, Dória, Witzel, Caiado, Zema etc.; por eleições gerais, pela expropriação dos bancos, construção de hospitais, ampliação de leitos, aquisição de ventiladores mecânicos.  Importa rejeitar essa palavra de ordem direitista de ficar em casa e trabalhar em uma palavra de ordem política ativa.


quinta-feira, 9 de abril de 2020

Venezuela.

A situação na Venezuela é crítica. Desde a eleição de Hugo Chavez, em 1998, o imperialismo tem feito de tudo para derrubá-lo, chegando a conseguir tal feito, mesmo que por um breve período, por meio de um golpe de Estado em 2002. Não é nova, portanto, o assédio ao governo venezuelano.
Os embargos econômicos são, por si só, uma política genocida, que impedem ao acesso a produtos mais básicos como comida, remédios, entre outros. Numa situação como a atual, em meio à crise do COVID-19, o embargo é mais gravoso ainda, por o país corre mais risco de perder o controle da epidemia.
Contudo, apesar dessa crise, o imperialismo não relaxou sua política de embargos: há denúncias de uma preparação para a invasão do país, no caso, da organização da frota norte-americana no mar do caribe. O imperialismo parece aproveitar a crise como uma oportunidade para tentar, novamente, derrubar o regime venezuelano, pois, ao mesmo tempo que o governo é enfraquecido pela epidemia, todos os outros países da América Latina estão impondo uma política cada vez mais autoritária, sob o pretexto de isolamento e quarentena, o que inviabilizaria ou, pelo menos, dificultaria extremamente os protestos por parte do povo desses países, contra a guerra.
A supressão das contradições e a crise são uma grande oportunidade para o imperialismo, e o povo venezuelano e a esquerda mundial podem e devem defender o país.
A Venezuela não é uma ditadura, mas mesmo a pior das ditaduras não é justificativa para a invasão e o genocídio imperialistas. O povo da Venezuela passa fome e necessidades, mas essa crise não é tão grave quanto a imprensa burguesa procura mostrar, e a culpa não é do regime: é do embargo genocida perpetrado pelo imperialismo. O único crime de Chavez, Maduro e do povo venezuelano foi buscar a própria soberania, foi buscar não ser mais um fantoche nas mãos dos grandes monopólios mundiais. Portanto, tal soberania deve ser defendida

O que é uma situação revolucionária?


Trotsky descreve a situação revolucionária como um conjunto de vários fatores. Em primeiro lugar, a situação econômica e social: "as condições econômicas e sociais de uma situação revolucionária se dão, em geral, quando as forças produtivas de um país estão em decadência; quando diminui sistematicamente o peso do país capitalista no mercado mundial e os recursos das classes também se reduzem sistematicamente; quando o desemprego já não é simplesmente a conseqüência de uma flutuação conjuntural, mas um mal social permanente com tendência a se elevar." (TROTSKY, 1931)
Em segundo lugar, a posição das classes: A classe trabalhadora, para finalmente poder tomar para si o curso dos acontecimentos, precisa se rebelar e constituir um inssurreição de massas que rompa com a estrutura política atual, e que seja verdadeiramente revolucionária e não fascista. A classe média, por sua vez, deve ser atraída pela política revolucionária dos trabalhadores, e deixar de lamber as botas dos burgueses. Por fim, a burguesia deve cair em desespero, deixar a atuação conjunta, como classe uníssona, para trás e dividir-se em facções.
Em último lugar, uma organização de massas na forma de um partido revolucionário é imprescindível: caso não exista, a chance de arrefecimento ou distorção da situação revolucionária é enorme.
No momento, as condições da situação revolucionária brasileira estão em evolução: não estão nem totalmente postas, nem totalmente fora da situação política. Por exemplo, com a recente crise do coronavírus, vários setores de classe média começaram a pedir o fora Bolsonaro, ao passo que fica cada vez mais evidente a cisão no governo, já que cada setor governamental representa um setor diferente da burguesia. As condições econômicas também apontam para o desenvolvimento de uma situação revolucionária, especialmente por causa da crise, como observou Trotsky (1931): "O desenvolvimento econômico da sociedade é um processo muito gradual, que se mede em séculos e décadas. Porém, quando se alteram radicalmente as condições econômicas, a resposta psicológica, já demorada, pode aparecer muito rápido. E, assim, sucedendo rápida ou lentamente, essas mudanças inevitavelmente devem alterar o estado de ânimo das classes. Somente então temos uma situação revolucionária."
O grande problema hoje, no Brasil, como foi na época de Trotsky, é a falta de uma organização ou de um partido de massas apto a conduzir a revolução. O PT, maior partido de esquerda do Brasil é, com certeza, a organização mais próxima disso, mas está tomado por uma burocracia pequeno burguesa que empurra a política do PT para a direita. Enfim, seja o PT, seja outra organização de massas, a esquerda tem a necessidade urgente de se preparar para a revolução: a insurreição das massas é como um fenômeno da natureza, um terremoto cuja previsão exata é impossível. Não cabe à esquerda tentar forçar seu acontecimento, mas sim se preparar para ele, por ser inevitável.
O principal oponente a ser derrotado é, hoje, a burocracia pequeno-burguesa que dirige a esquerda brasileira, objetivo este que, inclusive, foi colocado por Trotsky em 1931. Isso é fato por tal burocracia ser o grande impeditivo para a criação de um movimento de massas verdadeiramente revolucionário.

"O que é uma situação revolucionária?",Totsky: https://www.marxists.org/portugues/trotsky/1931/12/19.html

Editorial: O avanço da marcha ditatorial e a necessidade de ação do PT e de toda esquerda

pt-bandeira-linda.jpgO regime político brasileiro segue uma escalada intensa para a supressão dos direitos políticos. O marco que expressou a ação direta da burguesia para rearranjar o aparelho estatal ao seu favor foi o golpe de Estado de 2016 que retirou a presidente Dilma Rousseff. De lá para cá, práticas neoliberais de privatizações, corte de gastos da máquina pública e auxílio aos bancos tornou-se regra, uma regra imposta pelos capitalistas.
No percurso político atual que elegeu o presidente Bolsonaro, foi necessário condenar o ex-presidente Lula e realizar propaganda política sobre o "condenado" para que a ala direita e extrema-direita adquirisse uma força artificial, articulada pela operação de interesse estadunidense da Lava Jato.
A marcha para a eliminação da maior organização de esquerda do país continua sob a mesma tipologia jurídica de que o PT cometeu outro "crime" eleitoral e isso dá o direito à burguesia de dissolver o partido.
Desestruturando o PT pela sua erradicação do mundo político, não haverá mais a oposição da esquerda no país, abrindo caminho para que partidos burgueses do "Centrão" operem livremente em favor dos capitalistas.
Sem a oposição real de esquerda no país, sem o PT o regime político, por fim, ganhará o status de ditadura consolidada. No entanto, não há ditadura para o povo se o próprio povo não considera como ditadura.
O PT e toda esquerda tem, então, diante desse ataque que cumprir a tarefa de mobilizar o povo contra a ditadura. É agir, é tomar as ruas, é denunciar por meio da imprensa dos trabalhadores esses ataques, é formar conselhos populares denunciando a ditadura, pedir pelo Fora Bolsonaro e por eleições gerais, é realizar trabalho nos sindicatos no sentido de politizar contra a ditadura da direita golpista. É para hoje.
Sem resistência, o caminho da consolidação da ditadura da direita golpista é certo. O que está sendo ameaçado nesse primeiro momento são os direitos políticos. Ao mesmo tempo, avança-se o projeto fascista de eliminação das organizações dos trabalhadores, dos sindicatos e de suas lideranças de esquerda. Não se pode permitir avançar para uma ditadura fascista. É preciso se opor, não há tempo a perder.

domingo, 29 de março de 2020

Querem transformar os protestos em grandes procissões

Publicado em 20 de maio de 2019.
A direita e o monopólio dos meios de comunicação, por não poderem esconder os atos do dia 15 de Maio contra Bolsonaro e sua política golpista, tentaram despolitiza-lo. Nenhuma palavra de ordem política foi colocada, como o Fora Bolsonaro e o Liberdade para Lula, mas apenas que eram grandes marchas pela educação. Jogada clássica da direita para se infiltrar dentro dos atos e destruí-los.

Bolsonaro é nosso inimigo e deixou claro que não quer atos pela Liberdade de Lula, muito bem. Que ele se exploda e que estes atos sejam para libertar seu maior inimigo político, o único capaz de unificar os trabalhadores na luta contra o Golpe, Lula.A imagem pode conter: uma ou mais pessoas, multidão e atividades ao ar livre

Curso de formação marxista em Ribeirão Preto: Fascismo, o que é e como combate-lo

https://www.facebook.com/1420242931450924/videos/599441693897495/

Governo Boric será de direita besuntado em um esquerdismo de fachada

No dia 11 o novo presidente do Chile tomou posse, após 4 anos de governo do direitista Sebastián Piñera. A imprensa internacional deu muito ...