
Na Bolívia, ano passado, logo antes do golpe, após as eleições, a direita golpista foi às ruas, com protestos violentos. A polícia foi chamada a reprimir esses protestos, e defender o governo de Evo Morales, e se amotinou: dias depois, foi consolidado o golpe de Estado na Bolívia.
No Brasil, atualmente, as polícias militares estaduais têm se alinhado ao governo Bolsonaro, deixando os governadores em estado de alerta. Isso se agrava com o incidente em Brasília: a polícia não reprimiu ataques ao STF. O governo Ibaneis exonerou o subcomandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal, mas isso não conterá a insubordinação: a polícia tem o papel de oprimir o povo e impor a ditadura da burguesia, e sempre estará do lado dos golpistas, e do imperialismo. Não que os governos estaduais não sejam de direita, não sejam golpistas. São setores minoritários da ordem burguesa, por enquanto, e, por isso, perderão o conflito com a sua ala majoritária.
Esse alinhamento da polícia com o governo Bolsonaro, em detrimento de governadores burgueses, inclusive, indica que a polícia não segue nenhum tipo de lei ou ordem democrática: a polícia é obediente à classe dominante, e tem como principal papel a repressão contra o povo e, para que tenhamos um governo dos trabalhadores, é necessária a sua dissolução.
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