quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Minha Casa, Minha Vida

 


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O sonho acabou

 

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Dória quer abrir as escolas: descaso com a população



Dória quer abrir as escolas, em outubro, com opção de abertura em setembro, apesar de não haver nenhum sinal de que a pandemia esteja desacelerando. É difícil pensar em um ambiente mais propenso a infecções: crianças aglomeradas em salas e pátios, sendo que não se pode exigir delas um comportamento adequado à prevenção. Apesar de o vírus não ser tão mortal quando afeta crianças, elas podem infectar os pais, os avós, e alastrar de vez a doença.

Mesmo se pensarmos em abrir as escolas apenas para o ensino médio, as condições de higiene e manutenção nas escolas estão muito atrás do nível de segurança desejado para prevenir efetivamente o contágio.

Sem contar que, em tempos de crise, as escolas podem ter um uso muito melhor: criação de centros de atendimento, centros de quarentena para os infectados, restaurantes populares, abrigos emergenciais para moradores de rua, enfim, são muitas as opções.

A solução é a greve: os professores devem se organizar e parar a abertura das escolas à força. Só assim poderemos impedir essa medida genocida.


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O ataque contra Zanin é político


Cristiano Zanin, advogado de Lula, foi algo de um ataque político disfarçado de combate à corrupção: sofreu uma busca e apreensão em seu escritório e em sua casa, acusado de estar envolvido em desvio de dinheiro do sistema S. O advogado, em nota, diz que toda sua relação com o caso está documentada, e está provado que não está envolvido com crime algum. Contudo, isso não importa: a Lava-jato não é uma operação honesta de combate à corrupção. É uma operação política de combate à esquerda e é instrumento do imperialismo inclusive.

Zanin está sendo atacado politicamente, está sendo punido por defender um político de esquerda, no caso, Lula. (E já foi antes, quando o acusaram de receber dinheiro da Odebretch). 

A busca e apreensão que sofreu, repleta de irregularidades, também é fruto do ambiente de total ausência de constitucionalidade no Brasil. Hoje, as instituições não se guiam pela lei e pela Constituição, nem na aparência: o que há é a implantação, mesmo que gradual, de um regime de força.

Não é possível saber se é coincidência ou não essa operação ter ocorrido logo após o pronunciamento de Lula do dia 7 de setembro ou não. Mas não é necessário, fica claro o efeito político: punir um advogado por exercer sua profissão de forma a defender Lula, que é o principal instrumento político da classe trabalhadora brasileira.


A nota, inteira, de Zanin:

https://www.conjur.com.br/dl/nota-zanin.pdf


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A Importância da Criação de Conselhos Locais Para a Organização do Fora- Bolsonaro

 


A crise pandêmica do Coronavirus no Brasil chegou à mais de 100 mil vítimas fatais, no entanto não há perspectivas de que nenhuma medida de saúde à altura seja tomada pelos chefes de governos. Tudo isso enquanto a rotina do brasileiro é normalizada, mesmo sobre os altos riscos de contágio.

No atual estágio, a campanha do "Fique Em Casa" perde todo seu sentido, uma vez que não possui nenhuma eficácia coletiva, já que, independente de quem tem esse privilégio, o trabalhador que está nas ruas não parará de circular o vírus. Assim, tal medida protege apenas as camadas mais favorecidas e ainda contribui em tirar a responsabilidade dos governantes e a joga, como quase sempre, à população, que, tendo a necessidade de pôr o pão na mesa, não deixará de estar à mercê da pandemia.

Ironicamente, o "Fique em Casa" é utilizado muito mais como um instrumento de opressão da máquina estatal, evitando mobilizações e protestos contra as atitudes ditatoriais e assassinas do governo bolsonarista. Ou seja, trata-se de uma justificativa, apoiada inclusive pela esquerda burguesa, para que haja a repressão, jogando a responsabilidade da resolução da pandemia para a câmara e os estados na chamada Frente Ampla. Atitude essa extremamente ingênua, do ponto de vista dos reais problemas que vivenciamos, ou munidas de interesses distorcidos e alheios aos reais interesses sociais, por partes dos partidos e governantes.

Sem mobilizações coerentes com a urgência da situação em que vivemos por parte de nossos representantes, a única solução possível, como de se esperado, deve vir da base. O povo deve se organizar em Conselhos Locais, sejam eles em âmbito municipal, de bairro, ou da determinação geográfica que melhor for conveniente de acordo com a região. Esses Conselhos, que devem contar com a mais ampla participação popular possível, sem qualquer tipo de discriminação, irá propor e discutir ações que mobilizará o suprimento das necessidades da população local, seja de âmbito básico, como a falta de comida, moradia, saúde, higiene, como de questões políticas mais complexas.  Assim, um órgão autônomo que atuará de imediato nos problemas que puder resolver conjuntamente entre si, sem intermediários, e intervirá coletivamente frente as autoridades locais quando necessário, para fazer valer os direitos de cada cidadão local. Temos um exemplo de Conselho Local bem sucedido, instaurado neste período de crise, no complexo de favelas da Maré, no Rio de Janeiro, que beneficia diretamente mais de 4.500 moradores com ações nas áreas de educação, arte, cultura, memória, segurança pública e desenvolvimento territorial que buscam superar a desigualdade histórica enfrentada pelas populações das favelas.

Os conselhos locais também tem a função de politizar seus membros, levando debates e discussões a respeito dos reais problemas e de suas causas, no intuito de fazer valer a voz das classes oprimidas, através de protestos ou qualquer tipo de intervenção que seja oportuna. O ato Fora Bolsonaro organizado em Araraquara, no dia 26 de junho, foi um bom exemplo de protesto objetivo e politizado, capaz de dialogar com um grande número de pessoas que até então, possivelmente, não tiveram oportunidade de ter contato com tais informações, dado o conteúdo precário da grande mídia.

Portanto, estes conselhos, ou comitês, na conjuntura atual, deve ser o principal instrumento da esquerda para movimentar a base e formar um alicerce para contrapor o atual governo. Questões urgentes e de caráter nacional que deverão ser pautadas são a atuação direta dos sindicatos nas decisões quanto ao funcionamento do comércio, a manutenção de empregos e direitos trabalhistas à população e a garantia de atendimentos e tratamentos de saúde à classe trabalhadora.


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O Avanço do Agronegócio Sobre o Pantanal

 



O governo bolsonarista e seu neoliberalismo bisonhamente entreguista já apresenta, não de hoje, consequências irreversíveis ao meio ambiente. Após o período de queimadas na floresta Amazônica, dessa vez o bioma afetado foi o Pantanal.

Segundo dados do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais, já foram 2,3 milhões de hectares (mais de 15%) de sua área devastadas pelas chamas, com um crescimento de 210% de incêndios na região em comparação ao ano passado (Inpe).

Sob o governo de Bolsonaro, a fiscalização das áreas ambientais tem se tornado mais branda e facilitadora ao agronegócio. Segundo o G1, autuações relacionadas à vegetação, como desmatamento e queimadas ilegais, caíram 22% em 2020, em comparação com o mesmo período do ano passado. Juntando os Estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, que abrigam o Pantanal, a queda é 48%.

O IBAMA vem sofrendo um verdadeiro sucateamento, com nomeações e ocupações de cargos de gestão por pessoas sem qualquer experiência na área, influência de militares no planejamento das operações, demissões de membros respeitados e efetivos na organização e introdução de métodos burocratizantes nos andamentos dos processos de crimes ambientais.

O enfraquecimento das estruturas de fiscalização do meio ambiente faz parte do projeto de ampliação do agronegócio e dos grandes latifúndios, configurando mais uma vez o interesse entreguista e particular do governo em troca dos ricos recursos naturais do Brasil, cuja devastação acarretará em consequências avassaladoras para a fauna, a flora, o clima, e para as habitações da população indígena local.

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Eleições e Alianças Com a Extrema Direita


Com a proximidade do período de eleições, é comum presenciarmos partidos unindo forças entre si, com o intuito estratégico de ampliar o leque do eleitorado de seus candidatos para além daqueles que se identificam com a agenda do partido ao qual estes pertencem. Trata-se de um mecanismo quase que imprescindível para aqueles que almejam o poder. A esquerda mesmo, no período recente, jamais venceu uma eleição no Brasil sem fechar alianças com os liberais, como o PT com o PMDB, ou o PCdoB com o PSDB.

A questão é que nós, enquanto esquerda, e ainda mais no período de exceção em que vivemos, devemos refletir mais do que nunca sobre o peso e o custo de renunciar aos movimentos de base em prol de uma disputa que se sustenta na propaganda e pouco colabora com a mudança do status quo da política nacional, independente de quem vença.

As eleições, ironicamente, se tratam de um mecanismo despolitizante, pois a disputa do poder se sobressai à matriz ideológica do ente político, propiciando debates rasos e que não representam a realidade integral do país. Nesse contexto recente, o fetichismo pelo poder resultou em sérias consequências para a esquerda, que conseguiu ganhar adeptos da camada média da burguesia, porém sob o alto custo de afastar de suas origens proletárias, deixando estes à mercê do discurso fácil e instigante da extrema direita.

Em um momento em que o espectro do fascismo ronda o país, muitos tinham ou ainda têm confiança exclusiva nas ações dos partidos políticos para configurarem uma oposição. Os mesmos que parcialmente apoiaram Rodrigo Maia como presidente da Câmara ou que aprovaram o pacote anticrime de Sérgio Moro. Ou ainda, os mesmos que se aproximam muito mais de formarem uma Frente Ampla com partidos liberais do que formarem uma Frente Única de esquerda.

No Maranhão, verificou-se uma coligação do PCdoB com os partidos PSL e Patriotas, ambos de extrema direita. Realmente trata-se de algo ideologicamente surpreendente, entretanto, do ponto de vista da máquina eleitoral, não é algo tão imprevisível. O PCdoB é um partido vitorioso no estado contando com o apoio de partidos como o PSDB. Com a necessidade da direita se radicalizar para sobreviver e a consequente predominância da extrema direita no Brasil, torna-se eminente a aliança com fascistas para aqueles que almejam o poder.

Isso tudo só comprova que a luta contra o fascismo não pode se concentrar nos partidos, nem nas eleições. Estas, pela sua superficialidade e seu desfoque da realidade, tende a beneficiar apenas a direita. A esquerda deve focar nos movimentos populares para criar bases sólidas ao enfrentamento antifascista. Quanto aos partidos, a exigência é da criação de uma Frente Única de esquerda para uma unidade efetiva de ação, isso levando em conta a necessidade de lutar pelos direitos políticos de Lula e contra o golpe de Estado em conjunto. 


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Governo Boric será de direita besuntado em um esquerdismo de fachada

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