quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Festa do Avante 2020 triunfa perante toda sabotagem institucional


 

A Festa do Avante, o maior e mais importante evento da esquerda de língua portuguesa, que talvez só seja menor que as festividades que ocorrem na China, foi um grande sucesso. Em todos os dias, a juventude e o povo conseguiram se reunir para apreciar as artes, cultura e atividade política realizada pelo Partido Comunista Português (PCP) com todo o cuidado necessário. 


A Festa do Avante contou com um plano detalhado para que Quinta da Atalaia fosse reduzida para que a segurança e distanciamento pudessem ser respeitados, havendo ocupação máxima de 16 mil pessoas. Ainda assim, os reacionários buscaram criar um clima para inviabilizar a festa. Inicialmente, havia a indecisão da data, colocada aos camaradas portugueses como o Plano B de uma tentativa fracassada de abortar o evento. As autoridades, vendo que a firmeza de caráter dos dirigente do partido não corrompia seu ímpeto, criaram dificuldades de nível desproporcional e persecutórias. Eventos com maior número e caráter político distinto, como os encontros em Fátima, tiveram outro tratamento. 

Distanciamento para os shows e comícios

O evento dos comunistas é um marco da liberdade e organização, é a mostra de que um partido leninista não deixa nenhum campo da luta de classes vago. Por levar adiante a divulgação do jornal partidário, representa também o correto direcionamento contra o oportunismo, revisionismo e todas as degenerações da emancipação popular. Mais espetacular foi a decisão correta de manter a festa, como marco da luta pelos direitos democráticos do povo. Em nenhum momento os camaradas lusitanos se deixaram levar pela propaganda cínica do isolamento, mesmo em uma etapa política tão próxima das eleições.


 

Com todas as palavras acima, apresentamos um balanço conciso: perante todos os problemas apresentados, a sabotagem institucional e a campanha midiática, o Partido Comunista Português esteve politicamente ao lado da liberdade do povo de se manifestar. Os salazaristas, que amam ver o povo na miséria, silêncio e ignorância, ainda se debatem histericamente por terem que engolir o contrário com o povo reunido em festa, com diversão, cultura e soberania. 


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quarta-feira, 16 de setembro de 2020

O imperialismo invade a Rússia


O imperialismo alemão, sob Hitler, invadiu a União soviética e perdeu muitos tanques, que atolaram no lamaçal bielorrusso: o país tem um território naturalmente hostil a invasores.

O imperialismo, hoje, parece ter aprendido a lição: não invade a Bielorrússia com tanques, mas com ridículas tentativas de golpe, que, novamente, vão atolar. Lukashenko tem apoio popular, e existem diversas manifestações a favor dele, que a imprensa imperialista não mostra.

Além disso, os coxinhatos contra o governo só aconteceram e Minsk, a capital, e não tiveram repercussão.

O país que mantém verdadeiras reliquias institucionais do tempo da URSS, como saúde pública, uma indústria estatal que emprega quase 100% da população, ainda tem apoio da Rússia de Putin. Um acordo, inclusive, de cooperação militar.

Essa nova invasão do imperialismo na política de países aliados da Rússia não é algo novo. Basta observarmos o problema ucraniano. Porém o povo, e os governos nacionalistas burgueses, não cairão mais nisso. É necessário se posicionar contra o imperialismo europeu e norteamericano, que podem, inclusive, tentar iniciar uma guerra civil no país, caso o golpe fracasse.


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Introdução à história do imperialismo no oriente médio: o acordo sykes picot



O Oriente Médio, até o início da primeira guerra mundial, em 1914, era dividido entre duas esferas de influência: 

A primeira se trata do Império Otomano, o "doente" da Europa, que estava em decadência há séculos, tendo perdido, neste momento, já vários territórios para potências imperialistas: a Argélia e a Tunísia para a França; a Líbia para a Itália; o Chipre e o Egito para o Império Britânico; a Bósnia para o Império Austro-Húngaro, sem contar as várias guerras contra a Rússia, nas quais o Império Otomano se viu forçado a ceder a independência à Grécia, Sérvia, Romênia, e Montenegro. Em 1912 e 1913, foram travadas as Guerras dos Balcãs, nas quais o Império Otomano perdeu mais territórios para esses países, e nas quais a Bulgária conquistou sua independência. Portanto, o império era um verdadeiro doente na Europa, em declínio, cujos territórios que ainda possuía no Oriente Médio (Iraque, o Levante, e parte da Península Arábica) eram vistos como futuros espólios pelos abutres, que eram as potências imperialistas da época, no caso, França e Inglaterra.

A outra potência na Arábia, na época, era o Império Britânico, que controlava a parte sul da Península Arábica, o Kuwait, e o que hoje são os Emirados Árabes Unidos, Catar e Bahrein: a potência imperialista mais poderosa e prestigiada do mundo, na época, controlando 25% de todo o território e da população mundial, além de ser a força industrial mais proeminente da época. Com as guerras mundiais, esse império viria a perder essa posição para os Estados Unidos, mas manteve grande parte de sua influência imperialista. 

A Primeira Guerra Mundial, chamada por Lênin de guerra de rapina, foi uma guerra, em parte, para roubar esses territórios árabes do Império Otomano: De um lado, vários países, principalmente Itália, Japão, Sérvia, Montenegro, Romênia, Rússia, Império Britânico, França e Estados Unidos, sendo que estes 3 últimos eram potências imperialistas bem estabelecidas e estavam no poder há mais de um século. De outro, o imperialismo secundário: potências que haviam recentemente entrado no "clube dos países imperialistas", ou eram decadentes: justamente por isso, sempre enfrentaram grave competição dos países mias estabelecidos. No caso, Áustria, Império Otomano, Bulgária e Alemanha. Essas potências foram aniquiladas, resultado que foi óbvio, dado o poder global do imperialismo britânico, francês e americano, que são, inclusive, hegemônicos até hoje. 

No caso da guerra no Oriente Médio, a tríplice Entente se aproveitou de movimentos nacionalistas e independentistas Árabes. Os Ingleses prometeram que, caso os Árabes derrotassem os turcos, teriam um país unificado, uma Arábia independente, ao mesmo tempo que faziam um acordo secreto com a França, o acordo Sykes-Picot: a divisão da região entre os dois países. Iraque e Jordânia e Palestina para os britânicos, e Líbano, Síria e a parte sul da Turquia para os franceses. 

Essa parte da Turquia que foi prometida para os franceses foi conquistada de volta na guerra de independência turca, por Mustafa Kemal Atatürk, junto com territórios que haviam sido prometidos à Grécia e Albânia.

Quanto ao Iraque, o domínio britânico do país nunca se consolidou e, após uma guerra sangrenta na qual Winston Churchill bombardeou o país, obteve sua independência em 1932, apesar de concessões aos ingleses que acabaram sendo, efetivamente, a continuidade do domínio colonial do país.

Quanto à Palestina, foi feita a Declaração Balfour, que criou as bases para a futura formação de Israel, Estado artificial, fantoche do imperialismo, que foi fundado no genocídio dos palestinos. 

Na Jordânia, foi instalado um rei-fantoche pelos britânicos: Abdullah I, e seu descendente, Abdullah II, o qual reina o país nos dias de hoje, ainda alinhado ao imperialismo.

O Líbano e a Síria se tornaram verdadeiras colônias francesas. A Síria, após sua independência, em resumo, se opôs ao domínio imperialista na região e a Israel, chegando até a tentar uma união com o Egito sob Nasser, com influências pan-arabistas. O governo atual, de Bashar al-Assad representa uma continuidade dessa tendência.

Um importante líder das revoltas contra os Otomanos na Primeira Guerra Mundial foi Hussein bin Ali, a quem foi prometido o Reino Árabe, que teria como território toda a península, e o Levante: De Aleppo, na Síria, até Aden, no Yemen. Traído pelos imperialistas, pelo acordo Sykes-Picot (que foi, inclusive, exposto pelos Bolcheviques), Hussein foi declarado como rei do Hijaz, a região ocidental da Península Arábica, que acabou sendo anexada pela Arábia Saudita. A casa Saud, aliada do imperialismo britânico, foi responsável pela conquista do que hoje é a Arábia Saudita. O Hijaz, e o Nejd, parte oriental do país, teve apoio do imperialismo, pois lutou contra o curto reinado de Hussein, que se recusou a ratificar o Tratado de Versailles e a reconhecer a entrega da Palestina aos sionistas, A invasão e anexação do Hijaz por Abdul-Aziz Al Saud foi ratificada, finalmente, em 1927, com o tratado de Gidá (Jedda). 

Todos esses países, produtores de petróleo, foram, de um modo ou outro, incorporados ao domínio imperialista, que detém uma grande influência na região até hoje. Essa história pode ajudar a explicar os conflitos posteriores e dar um pano de fundo para o tema.

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A explosão no Líbano, a hegemonia imperialista



A explosão no Líbano, o envio de tropas francesas para iniciar uma ocupação militar em Beirute, sob o pretexto de "ajuda humanitária", o combate ferrenho à influência do Hezbollah no país são uma tentativa de alinhar o Líbano ao bloco imperialista, e remover um importante aliado do Irã. 

O Irã tem sido, no Oriente Médio, uma importante força contra-hegemônica, e conquistou influência e cooperação em vários países, ao longo dos anos; Catar, Iêmen, Síria, Iraque, e Líbano. A posição desses países, do Irã e de sua revolução islâmica, não é marxista, socialista: é uma oposição burguesa ao imperialismo na região.

O imperialismo, inclusive, sofre oposição desses países em conjunto com Rússia e China, países que são capazes de levar a cabo uma integração internacional não submissa, mas fruto de uma tendência "multipolar". 

É preciso entender que o objetivo dos imperialistas, dos monopólios estadunidenses, ingleses e franceses, é ter uma hegemonia global completa, e suprimir a formação de qualquer poder independente. É o controle total do mercado mundial, principalmente do petróleo.

O golpe, a revolução colorida no Líbano, a tentativa de golpe na Bielorrússia, os golpes na América Latina, são todos movimentos no sentido de formar um bloco econômico-militar contra a China e seus aliados, sim, mas também são movimentos no sentido de esmagar qualquer desenvolvimento econômico, seja capitalista, seja socialista, que possa estruturar uma oposição ao imperialismo. 

Nesse sentido, o imperialismo é uma força destrutiva: não se contenta com a conquista ou alinhamento ideológico de seus rivais, é preciso, para ele, destruí-los, desmontar suas estruturas econômicas. Tanto porque se, globalmente, o capitalismo se desenvolver demais, a crise de superprodução será irremediável, e o comunismo será obrigatório.

A iniciativa chinesa Belt and Road, que visa a construir uma rede de infraestrutura e logística por todo o continente eurasiano, nesse sentido, é uma movimentação contra hegemônica: não é, meramente, uma forma de fortalecer a burguesia, o Estado, ou os monopólios chineses. É uma iniciativa capaz de desenvolver os países envolvidos, o que é o pior pesadelo do imperialismo. O golpe, no Líbano, também é um ataque contra essa iniciativa.

A integração, o desenvolvimento e o afastamento do bloco imperialista nos países do terceiro mundo, em suma, a independência real, concreta desses países, é um dos pregos no caixão dos capitalistas mundiais.


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sábado, 12 de setembro de 2020

Afastamento de Witzel aprofunda modo ditatorial do Estado pós-golpe

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Juridicamente, o afastamento de Witzel do governo do Rio de Janeiro é uma aberração: uma decisão monocrática (tomada por um único juiz, membro do STJ) e liminar (antes de ser dada qualquer possibilidade para a defesa se manifestar). A liminar é uma medida prevista na lei para casos urgentes, como, por exemplo, quando uma pessoa está para morrer e precisa entrar na Justiça para obter tratamento médico em um prazo muito curto. Contudo, existem limites, por exemplo, não se pode conceder uma liminar que vá causar danos irreversíveis. E, remover um governador de estado, dessa maneira, é algo sem  legalidade e constitucionalidade.

 
Este artigo não se trata de uma defesa do fascista Witzel: é, contudo, um alerta. É sabido que, ultimamente, no Brasil, a lei e a Constituição não valem muita coisa. O golpe contra Dilma, a prisão de Lula, as inúmeras fraudes eleitorais, o desrespeito aos direitos do povo, as reformas trabalhista e previdenciária, que são totalmente inconstitucionais, enfim, os exemplos são inúmeros. Apesar disso, esse caso do afastamento de Witzel parece ser o final completo de qualquer expectativa de legalidade no Brasil.

 
A consequência disso é que estamos em um ambiente puramente de força, as garantias legais e constitucionais do Estado democrático de direito valem o mesmo que um papel em branco. O Golpe e a luta política estão completamente escancarados, não existe, mais qualquer aparência de legalidade ou constitucionalidade.
Portanto, está clara a tarefa da classe trabalhadora: a mobilização e a luta política. Mais do que nunca, esse é o único caminho capaz de nos levar à vitória contra a direita.

 

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O mapa da pandemia de São Paulo é uma fraude

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Este mapa da pandemia, do Estado de São Paulo, é uma fraude. Classifica as regiões do estado em nível de contágio por coronavírus, sendo que não há níveis, no Brasil inteiro: o país está em estado de crise total, e todas as zonas deviam estar, no mínimo, no vermelho.


O mapa aparece como um elemento de organização e racionalização, mas é na verdade um elemento de confusão e propaganda da direita de que "tudo está bem". Não podemos acreditar nessas fraudes, a realidade deve ser exposta: o vírus, no estado inteiro, está fora de controle.

O governo Bolsonaro vai matar o povo com os serviços essenciais

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O governo caracterizou como essenciais serviços totalmente adiáveis e desimportantes, durante a situação de pandemia, como, por exemplo, a construção civil. Isso escancara a prioridade do governo Bolsonaro: preservar os lucros da burguesia, mesmo se isso implicar negar a oportunidade de isolamento ao povo: o povo, que morra, segundo o governo.


Atividades essenciais são apenas aquelas cuja ausência implique a inviabilização do funcionamento da sociedade, como a prestação de serviços de saúde ou a produção de comida. Contudo, o governo não se limita por nenhum critério racional ao caracterizar certas atividades como essenciais: é escravo da burguesia.


Tanto o governo como a burguesia querem o sangue do povo, querem continuar extraindo a força de trabalho não sem se preocupar com as centenas de milhares de mortes que isso vai causar. A solução é a greve: não trabalhar, de forma organizada, pode ser eficaz para prevenir a exploração a custa das mortes do povo, e garantir o direito ao isolamento. Isso deve ser discutido nos sindicatos coletivamente e submetido à aprovação dessa pauta. Não se trata apenas de proteger a saúde  e a vida do trabalhador, trata-se também de organizar e ampliar esse movimento, acordar com outros sindicatos e realizar amplas paralisações. O movimento setorial é importante, porém deve se expandir no sentido de ter forças para pressionar o governo que quer matar milhões de trabalhadores em nome da "economia".

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Governo Boric será de direita besuntado em um esquerdismo de fachada

No dia 11 o novo presidente do Chile tomou posse, após 4 anos de governo do direitista Sebastián Piñera. A imprensa internacional deu muito ...