terça-feira, 16 de junho de 2020

A luta contra Fake News ameaça a luta da classe trabalhadora

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Na última quarta-feira, 27 de maio, o Ministro do Supremo Tribuna Federal, Alexandre de Moraes, determinou a colheita de provas do chamado "gabinete de ódio", responsável por espalhar "fake news" de "ódio"' contra o STF, o Presidente da Câmara de Deputados, Rodrigo Maia (DEM); Presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM) e o ex-ministro da Saúde, Sérgio Mandetta. Ao todo, 29 bolsonaristas tiveram suas casas invadidas pela Polícia Federal.

Alguns expoentes do bolsonarismo receberam as diligências da Polícia Federal: o Luciano Hang ("véio da Havan"), dono da Havan; Edgard Gomes, dono da Smart Fit; a fascista do movimento miliciano dos "300 do Brasil", Sara Winters, entre outros elementos da extrema-direita.

O problema gira em torno das "fake news". Para uma análise marxista, a política que o parlamento direitista com a CPI das Fake News está articulando com o STF golpista expressa uma atividade de censura e uma ameaça à liberdade de expressão.

A esquerda pequeno-burguesa, que não age politicamente, não produz conteudo jornalístico contra o Bolsonarismo e contra a direita, nem organiza o movimento popular de luta; aplaude a ação do Ministro Alexandre de Moraes, alegando que a liberdade de expressão "tem limites". Nesse sentido, a esquerda deu um giro à direita e virou moralista e defensora de atos ditatoriais. Não é porque o Guilherme Boulos processou o Caio Coppola da CNN por "Fake News", ou do PT, cassando a chapa Bolsonaro-Mourão por esse mesmo motivo.

Não é porque a direita está se articulando com seus tribunais e polícias para substituir a extrema-direita bolsonarista do Governo Federal, que a esquerda deve apoiar medidas autoritárias. Quem afirma que a esquerda está livre de acusações sobre Fake News? É importante lembrar que o TSE multou o candidato à presidência pelo PT, Fernando Haddad, pelas tais notícias falsas.

Como a esquerda não atua, não critica o governo sistematicamente, não tem veículos tenazes de denúncia ao bolsonarismo e à direita golpista, obviamente, não sentem a mão "moral" do Estado. Os periódicos da esquerda e marxistas são sistematicamente processados por crimes morais, só para se ter um exemplo, o Diário da Causa Operária já foi processado pelo governador de São Paulo, João Dória (PSDB), o falecido jornalista Paulo Henrique Amorim que tecia críticas à direita também foi censurado pela justiça. Não somente isso, nas rede sociais, este periódico recebe constantemente denúncias sobre "Fake News" dos bolsonaristas, o que evidencia que a imprensa operária não está imune a esse tipo de censura.

Essa postura da esquerda em defender a censura das "fake news" demonstra uma falta de atividade no mundo real, na organização da luta, na utilização dos meios de comunicação, periódicos, panfletos para atuar nos sindicatos, torcidas organizadas, conselhos de bairros. Como se limitam em apenas fazer discurso de que se "deve fazer o trabalho de base", não conhece o que é o real trabalho de base e como é inegociável a liberdade expressão para a luta popular.

É preciso denunciar o avanço sobre as liberdades democráticas no atual regime e entender a outra face da luta contra as "fake news". Só porque a direita golpista já não quer mais o bolsonarismo, não significa que a esquerda e as organizações de luta devem defender os meios de ação típicos da burguesia ditatorial, ou seja, da censura.

A luta deve se pautar na mobilização popular, na livre expressão de ideias, no constante e permanente debate e para que isso seja possível, é preciso combater a luta contra a Fake News, porque isso inevitavelmente se voltará contra as próprias organizações de luta, já que qualquer expressão política e crítica ao governo será considerada "fake news" e censurada.

O Chargista de esquerda Jota Camelo precisa de apoio financeiro para seu projeto de trabalho: https://apoia.se/jotacamelocharges



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A corrupção é uma doença cuja solução não é moral

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A corrupção está presente em todas as sociedades humanas minimamente organizadas, desde a antiguidade até os dias de hoje. É natural que ela apareça: em qualquer sociedade na qual esteja presente a escassez de recursos, se houver alguma casta ou segmento com qualquer tipo de acesso a esses recursos, ela vai se aproveitar.

Vemos que a corrupção é um problema econômico, arraigado na sociedade, e não existe lei, polícia ou senso de moralidade que vá frear seu ímpeto. A única forma de acabar com a corrupção é acabar com a escassez, para que ninguém precise de alguma vantagem extra.

O Estado burguês é retratado, inclusive, como uma pessoa jurídica, um todo ordenado para uma finalidade específica, mas não o é: o Estado burguês é um conjunto de funcionários, de pessoas, cada uma com agenda própria, e, portanto, corruptível.

Durante a história recente do Brasil, houveram várias figuras que prometiam acabar com a corrupção, sendo essas próprias figuras as mais corruptas. Mostravam o PT como o grande destruidor do Brasil, por causa da corrupção. Todas essas acusações são oportunistas, nenhum partido ou grupo é responsável, individualmente, pela corrupção. 

É claro que o policiamento e a investigação podem atenuar os efeitos da corrupção, mas a solução definitiva é uma só: a revolução e a criação de um mundo comunista, sem classes, sem burocracia, e sem escassez.

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Todo apoio à quebra das estátuas de genocidas


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Manifestantes jogaram a estátua de um comerciante de escravos em um rio, em Bristol, Reino Unido. O ato, visto como depredação pela direita, mostra a vontade do povo de jogar seus opressores na lata de lixo da história, de varrê-os do mapa. Isso vale para comerciantes de escravos dos séculos XVII e XVIII, e também vale para a burguesia de hoje. A elite sabe disso e tem medo disso. 

Quebrar, destruir ou pichar estátuas é algo comum em protestos: a estátua de Churchill, renomado genocida, também foi pichada recentemente. Várias estátuas de colonizadores, ano passado, durante os protestos no Chile, também foram destruídas. Quase toda cidade no Brasil e no mundo tem monumentos, ou mesmo referências menores como nomes de ruas, a colonizadores, escravocratas, genocidas da história, e todas essas "homenagens" serão varridas pela rebelião popular. E não tenhamos dúvidas: os descendentes e herdeiros deles são a classe dominante de hoje. E do mesmo jeito que as estátuas e monumentos a seus ancestrais serão varridos, também a classe dominante atual será varrida do mapa.

Foto: newsakmi.com

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A violência nos protestos não deve ser reprimida pela esquerda

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A violência espontânea nos protestos, o "quebra-quebra", é fruto de uma desorganização, um sentimento individual de revolta individual dos manifestantes que acaba atrapalhando o movimento. Contudo, é parte do movimento, especialmente quando ele não foi convocado pela esquerda em primeiro lugar e é, portanto, desorganizado. Devemos nos guiar pelo princípio de nunca nos opormos à revolta do povo, não importa qual forma ela assuma. 

Essa violência é mal-vista pelas direções dos movimentos, por vários motivos. Seja pelo medo da violência ser usada como desculpa para repressão, seja pela confusão política de rejeitar a violência, seja por um pacifismo infundado e idealista.  A questão é que as manifestações mais recentes são espontâneas: a ala direita da esquerda, no caso, suas lideranças mais oportunistas e burocráticas, nunca chamam o povo às ruas: pelo contrário, fazem de tudo para que não haja protestos, e, quando o povo protesta sozinho, mesmo sem ser chamado, essas lideranças assumem a cabeça do movimento, e procuram cancelá-lo. Tudo é desculpa para não ir pra rua, e eles usam de todo instrumento possível de sabotagem. A repressão à violência é um desses instrumentos: ela não é uma tentativa de organizar e centralizar a rebelião popular, é uma aliança com a direita para reprimir o movimento. 

Se a esquerda realmente quiser atos organizados, sem deixar ocorrer atos individualistas de violência dos manifestantes, deve assumir esses atos. Deve organizar esses atos, chamá-los, dar o incentivo. A tentativa de conter a violência, neste contexto atual, não passa de repressão pura e simples.
Foto: MPRNEWS

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O Estado e o judiciário não têm poder por si só

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Recentemente foi presa Sara Winter, liderança de uma milícia armada que fazia acampamento em Brasília, em apoio ao fascista Bolsonaro, até ser removida pela polícia. 

Uma grande parcela da esquerda comemora sua prisão e acredita que o Estado fará valer a ordem constitucional, a força das leis. Isso é um erro. O Estado é burguês, é controlado pela burguesia, pela classe dominante, e atuará conforme for conveniente a essa classe.

A violência estatal contra organizações de direita, por si só, pode significar um conflito entre diferentes setores da burguesia, a dedetização dos grupos mais virulentos, em prol de uma centralização, entre outras coisas. Mas nunca poderá significar a garantia de uma ordem democrática: toda a ação do Estado burguês é em prol de uma organização para reprimir o verdadeiro inimigo de seus donos: o povo.

A violência estatal contra organizações de esquerda, por outro lado, significa a repressão ao povo. Defender leis, inclusive, mais repressivas, com a esperança de que venham a ser usadas contra os direitistas, é um tiro no pé: essas leis serão usadas contra nós.

O Estado burguês se constituiu ao longo dos séculos como tal. Desde os primórdios, o direito é um instrumento da burguesia, do mesmo jeito que foi um instrumento de outras classes dominantes em outros momentos da história. Precisamos tomá-lo das mãos da burguesia por meio da revolução, e constituir um ordenamento jurídico operário.

Foto: Rádio Corredor

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segunda-feira, 15 de junho de 2020

Editorial 08/06/2020 - A luta pelo Fora Bolsonaro passa necessariamente pela luta contra a direita golpista

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Com a escalada das manifestações em todo o mundo contra o racismo, depois do episódio do assassinato do negro George Floyd no dia 25/05, em Minneapolis, nos Estados Unidos, houve repercussão no Brasil, intensificando os atos pelo Fora Bolsonaro, contra o racismo, contra o fascismo e pela democracia.

No fim de maio e no início de junho, as torcidas organizadas começaram a ir para as ruas e se posicionar pela defesa da democracia e pelo Fora Bolsonaro. A direita golpista, procurando intervir nesse movimento, reformulou sua campanha de "#ficaemcasa" para "somos 70%" defendida pelo economista Eduardo Moreira.

Esse novo rearranjo serve para que a direita possa utilizar-se desse movimento a seu favor e estabelecer alianças com a esquerda a fim de que Bolsonaro deixe a presidência sem que a esquerda e a população participe do processo político, abrindo as portas para a direita golpista continuar vendendo o país e retirando os direito dos trabalhadores. 

Quem da esquerda que está operando ativamente para estabelecer alianças com a burguesia é o Guilherme Boulos e sua Frente Povo Sem Medo e o Fernando Haddad. Eles, juntamente com o figurão da direita Fernando Henrique Cardoso, o ex-bolsonarista Luciano Huck, o governador da ala direita do PCdoB, Flávio Dino, entre outros, fora outras atuações no mesmo sentido: do coronel do Ceará, Ciro Gomes, Marina Silva que estão defendendo abertamente essa Frente Ampla.

No lado oposto, o ex-presidente Lula está criticando o estabelecimento dessa Frente Ampla com os golpistas contra o Bolsonaro. Importa esclarecer que essa política é a acertada, pois a aliança com a direita golpista não provocará uma mudança verdadeiramente popular do regime político caso Bolsonaro seja retirado do poder. Para que haja a transição "pacífica" para o governo do general Mourão, essa articulação da Frente Ampla faz-se necessária.

Diante desse quadro de captura das manifestações e das torcidas organizadas pela direita, é preciso denunciar essas lideranças da esquerda que estão se alinhando com os golpistas. O movimento pelo Fora Bolsonaro e antifascista não pode admitir a direita golpista, deve atuar no sentido oposto, organizar junto das organizações populares e de esquerda um movimento amplo, sem golpistas e pedindo pelo Fora Bolsonaro e Eleições Gerais. No cenário atual, somente com essa política a população pode derrubar o Bolsonaro e a direita golpista.

Fora Bolsonaro e todos os golpistas
Eleições Gerais com Lula candidato

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quinta-feira, 11 de junho de 2020

Editorial 11/05/2020 Sobre o avanço do imperialismo na Venezuela e na Europa

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A crise sanitária mundial está deixando o regime capitalista em uma situação de crise falimentar, as saídas econômicas clássicas estão fora de questão, já que o desenvolvimento material da produção em alguns setores fundamentais da economia capitalista parecem estar a frente da dinâmica de acumulação capitalista (Para entender mais, veja o exemplo do petróleo em nossa matéria: https://faroloperario.blogspot.com/2020/05/preco-negativo-do-petroleo.html). Assim, a crise só se aprofunda e a burguesia busca diminuir isso por meio da quarentena e a despolitização da crise sanitária. 


As tensões políticas dentro das sociedades conseguem ser seguradas até o momento pela quarentena em diversos países, como foi o caso do Chile e da França que viram o total esvaziamento de seus longos protestos. Apesar disto, internacionalmente a situação se deteriora. Uma série de ataques aos inimigos do imperialismo estão sendo cada vez mais organizados, a Venezuela sofreu um ataque terrorista que visava organizar um motim militar com a captura do seu presidente (Veja aqui o que aconteceu: ). Uma tentativa fracassada, mas que não deve ser observada exclusivamente por seus erros. O que aconteceu foi uma etapa de um longo processo de sondagem e desestabilização organizado pelo imperialismo contra a Revolução Boliavriana. 


No Oriente Médio, a situação está se desenvolvendo para uma guerra entre diversos países e Israel, sendo a incorporação da Cisjordânia um dos objetivos dos israelenses. O Irã, vítima de ataques no começo do ano e responsável por uma resposta a altura depois da morte de um grande general no Iraque, está preparado para auxiliar uma intifada palestina caso Israel não mude de planos. 


Na Europa, o imperialismo coordena a União Europeia para uma ditadura total. Lá o parlamento europeu já oficializou a sua perseguição ao comunismo quando em 15 de outubro de 2019 aprovou uma lei que igualava o comunismo ao nazismo e fascismo, jogando todos estes regimes sob o mesmo rótulo “autoritarismo”. Com uma grosseira revisão histórica, a União Soviética, principal vítima da guerra, foi colocada ao lado dos nazistas como pivô de um plano de dominação mundial contra o mundo livre. Tal medida proíbe as comemorações comunistas e seus símbolos, fazendo com que a esquerda institucional não pudesse utilizar o espaço da tribuna por seus euro-deputados para comemorar os 75 anos da vitória do nazi-fascimo ocorridos no dia 09 de maio de 2020. Um cerceamento perigoso, sobretudo em um atual estágio onde a pandemia coloca uma série de subterfúgios para ampliar a repressão dos trabalhadores, como ocorre em Portugal com a polêmica criada pelas sina persecutória contra os atos do 1° de maio da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP – A Central Sindical dos trabalhadores portugueses, uma versão da CUT lusitana) e a tentativa de impedir a Festa do Avante, maior encontro comunista organizado da esquerda lusófona.
A situação nacional é de desespero, pois a população foi jogada à própria sorte pelos golpistas (Bolsonaro e governadores) e está sem reação por causa da paralisia total da esquerda e suas organizações. Felizmente, a luta de classes continua e a polarização da política está levando membros das torcidas organizadas para a luta política das ruas. Foi o que ocorreu neste final de semana com um grupo de torcedores do Corinthians responsáveis por melar um ato dos Intervencionistas na Av. Paulista neste sábado. Eles são os primeiros a reagirem por estarem em uma organização e por esta ser menos burocratizada que os partidos, apresentam assim uma ação muito mais voluntariosa e combativa, mas devem ultrapassar esta fase inicial e se juntar a todas as organizações de esquerda para lutar de forma unificada.  


Inquestionavelmente, os conflitos não diminuem e não poderão ser resolvidos pelas vias burocráticas e parlamentares: o grande impasse que vivemos será resolvido por meio das forças reais, ou seja, da mobilização nas ruas. Os Intervencionistas já entenderam isso e as torcidas organizadas também, falta esse nível de esclarecimento chegar realmente aos partidos, sindicatos e organizações da classe operária.


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Governo Boric será de direita besuntado em um esquerdismo de fachada

No dia 11 o novo presidente do Chile tomou posse, após 4 anos de governo do direitista Sebastián Piñera. A imprensa internacional deu muito ...